Em março vão aposentar-se 244 educadores e professores das escolas públicas, o que representa mais do dobro do que aconteceu em igual período do ano passado, indicam as listas da Caixa Geral de Aposentações.

Fazendo as contas aos três primeiros meses do ano, mais de 740 docentes deixam a escola, mais do que em todo o ano de 2018, período a partir do qual começaram a acelerar as aposentações.

Os números são conhecidos numa altura em que a classe docente promove um conjunto de protesto em precedentes em Portugal.

Esta quarta-feira, mais de 2.500 professores preencheram a Avenida dos Aliados, no Porto, no último dia da greve distrital convocada pela plataforma sindical liderada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a que se juntou a Federação Nacional da Educação (FNE).

De acordo com os sindicatos, a maioria das escolas do distrito do Porto ficou de portas fechadas. Os professores reivindicam, entre outras questões, a contagem de todo o tempo de serviço e o fim das quotas.

Também esta quarta-feira, o Ministério da Educação convocou as organizações sindicais de professores para nova ronda negocial a ter lugar na próxima semana. Na agenda continua o novo regime de gestão e recrutamento de docentes.