Tem 70 anos, acabou de jubilar-se, deu a última aula há duas semanas e lançou agora um livro, 'Ensaios sobre o dia seguinte", que inclui reflexões e alertas, por exemplo, sobre a área da Educação. David Justino já foi ministro desta pasta, olha com preocupação para a "radicalização" dos professores e dos movimentos sociais em geral e alerta para a necessidade de uma "base de entendimento" entre o Governo e os sindicatos. Sem isso, "vamos ter um problema muito mais grave a seguir", assume.
Os assistentes operacionais com 25 anos de serviço continuam a ganhar o mesmo quando entraram ao serviço: o salário mínimo nacional (SMN). A subida na carreira por pontos acaba por não se verificar, no recibo, perante os aumentos do SMN. E com a alteração das tabelas salariais, um trabalhador que entre agora na carreira vai ganhar tanto como o que está a trabalhar há 25 anos.
Esta terça-feira, entrem em vigor os serviços mínimos de professores e pessoal não docente. O decreto do Governo não abrange a maioria das aulas, mas obriga a garantir o acompanhamento das crianças com necessidades educativas especiais. Vigilância, segurança e refeições dos alunos também terão de ser garantidas pelos trabalhadores.
O pedido de parecer do Ministério da Educação à Procuradoria Geral da República para avaliar a legalidade das greves do STOP e do SIPE foi feito "com caráter de urgência" e o texto está agora "em análise" no Conselho Consultivo presidido por Lucília Gago. Regulamento para estes casos prevê que os pareceres "devem ser relatados no mais curto prazo possível".
São pedidas orientações ao Ministério da Educação para implementar os serviços mínimos perante as greves de professores. Associação diz que medida será mais difícil de cumprir no 1.º ciclo, devido à falta de funcionários nas escolas.