Não há festivais para ninguém – e o Avante! do PCP, irá avante? Madonna teve Covid-19, Trump não tem
07 mai, 2020 - 20:17 • Redação
No Parlamento, o primeiro-ministro diz que Portugal não tem problemas com ciganos e que André Ventura levou uma "trivela" (de educação) de um: Quaresma. Lá fora como cá, o número de casos de violência doméstica aumentou até 60% durante o confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus.
Em Lisboa, o número de infetados voltou a aumentar: nos últimos dois dias foram registados 694 novos casos – são 294 nas últimas 24 horas. A diretora-geral da Saúde não tem uma explicação para o aumento de casos na região. No entanto, Graça Freitas admite que em Lisboa “têm sido feitos rastreios maciços”, razão pela qual, explica, “pode haver aqui o efeito" desses testes.
Ainda na saúde: depois da cura, como se recupera da Covid-19? As jornalistas da Renascença Joana Bourgard e a Beatriz Lopes respondem a esta pergunta no maior hospital do país, o Santa Maria. Os internamentos prolongados (que podem chegar às seis semanas) deixam sequelas difíceis de ultrapassar, sobretudo para a população mais idosa.
Teve febre nas últimas 72 horas? Ou alguma alteração ao nível de olfato ou do paladar? Estas são algumas das questões colocadas por uma equipa de enfermagem a quem chega ao Hospital de S. João, no Porto. Antes, há um circuito a percorrer: colocar máscara de proteção, higienizar as mãos e medir a temperatura. Apesar das consultas presenciais, a teleconsulta é para manter, diz à Renascença o diretor do centro de ambulatório. A reportagem é da Isabel Pacheco.
O Ministério da Saúde começou a publicar os ajustes diretos que está a fazer, no âmbito da pandemia de Covid-19. São largas dezenas de contratos, que vão de valores irrisórios até mais de 19 milhões de euros – um montante que, em circunstâncias normais, obrigaria a concurso público. E há questões que se levantam. Por exemplo: porque é que alguns têm prazos de execução alargados a 300 dias ou mais?
"Lamento desiludi-lo: não houve atraso no pagamento do lay-off.” A resposta é de António Costa, no primeiro debate quinzenal pós-estado de emergência. O destinatário? O deputado centrista Telmo Correia. O primeiro-ministro garante que todos os pedidos (que forem válidos) de lay-off simplificado entregues até 30 de abril “serão pagos até 15 de maio”. De acordo com o chefe do Governo, "está tudo pago num universo de 64.500 empresas e 492 mil trabalhadores".
O alunos do 11.º ano só terão aulas às disciplinas com exames nacionais do seu ano, ficando de fora as disciplinas trienais, esclareceu esta quinta-feira o Governo. O esclarecimento do Ministério da Educação surge depois de os diretores escolares terem alertado, na quarta-feira, para o facto de as orientações da tutela indicarem que as escolas poderiam voltar a ter presencialmente todos os alunos dos 11.º e 12.º anos a praticamente todas as disciplinas.
As creches ainda não conhecem as medidas de segurança que vão ter de adotar quando tiverem de abrir, a 18 de maio. O atraso não só impede as creches de adquirir o que é necessário, como leva os pais a não ter confiança para deixarem os seus filhos nas creches. E sem a confiança dos pais, as creches não têm crianças, como explica à Renascença Susana Baptista, a presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular.
Na Assembleia da República, o deputado André Ventura afirmou que Portugal “tem um problema com a comunidade cigana”. António Costa começou por negar: “Nós temos problemas com pessoas que cumprem ou não cumprem as normas sanitárias”. Perante a insistência do deputado do Chega, o primeiro-ministro recuperou a mensagem publicada nas redes sociais pelo futebolista Ricardo Quaresma, que criticou o “populismo racista” de André Ventura “Não há um problema com a comunidade cigana em Portugal. O senhor deputado é que tem um problema, que já foi de trivela”, atirou Costa.
A desafiante recuperação da Covid-19, uma "doença artificiosa"
MUNDO
Flamengo de Jesus com 38 infetados. Áustria anuncia cura de mais três doentes submetidos a transfusão de plasma
O número de casos de violência doméstica aumentou até 60% durante o confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus, segundo alertou, esta quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde – que manifestou uma “profunda preocupação”. Portugal foi um dos países em que se verificou um aumento de pedidos de ajuda.
Madonna doou um milhão de euros à investigação de uma vacina contra a Covid-19. O anúncio é feito na página oficial da cantora no Instagram. A artista diz que superou a doença, mas não sabia, na altura, que estava infetada com o novo coronavírus. Madonna esteve doente em finais de março, em Paris, no final da tour “Madame X”, tal como outros elementos da banda. “Pensávamos que tínhamos todos apanhado uma gripe muito chata”, afirma.
Três jogadores do Flamengo, treinado pelo português Jorge Jesus, testaram positivo ao novo coronavírus, anunciou o clube brasileiro. Em comunicado no site oficial, esta quinta-feira, o Flamengo revela que testou todos os jogadores, funcionários, colaboradores e seus familiares, "de forma a garantir a maior segurança" de todos os intervenientes. Ao todo, entre os dias 30 de abril e 3 de maio, foram realizados 293 testes. Sem divulgar os nomes, o campeão brasileiro e sul-americano revela que 38 pessoas testaram positivo, ainda que todas assintomáticas.
A Áustria anunciou a cura de mais três doentes submetidos a transfusões de plasma sanguíneo de pacientes recuperados da Covid-19, um tratamento que está a ser testado em vários países. No total, 20 pessoas foram tratadas na Áustria com plasma sanguíneo. O uso de plasma para tratar doentes Covid-19 foi autorizado em países como França, Suíça, Estados Unidos e China e é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Em Portugal, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação anunciou a 1 de maio que arrancam este mês ensaios clínicos com plasma em 10 unidades distribuídas pelo país.
A Rússia registou, nas últimas 24 horas, mais de 11 mil casos do novo coronavírus. Com o recorde de 11.231 novas infeções, o total subiu para 177.160, número com que o país ultrapassa França e Alemanha. Morreram mais 88 pessoas no último dia, o que eleva o número total de óbitos por Covid-19, na Rússia, desde o início da pandemia, para 1.625.
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