O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alerta que os problemas nas urgências de genecologia e obstetrícia tiveram "maior dimensão", em agosto, do que no mês anterior.

À Renascença, Jorque Roque da Cunha relata problemas diários no hospital do Barreiro ou na Materinade Alfredo da Costa e o hospital de Setúbal - "que está em contigência", acrescenta.

"É uma situação de uma gravidade extraordinária. Como é que é possível haver um Governo, perante uma situação destas, que se mantenha em impávido e sereno?", lamenta.

"De facto, não tem havido vontade objetiva para ultrapassar muitos destes problemas", critica, ainda.

O secretário-geral do SIM avisa que "haverá um grande número de médicos a reformar-se em setembro" o que vai contribuir para um agravamento da situação no Serviço Nacional de Saúde.

Roque da Cunha indicou que "houve um aumento de rescisões" no SNS e que este problema não é sazonal, mas sim "uma questão estrutural".

Mais de três dezenas de médicos especialistas de Ginecologia e Obstetrícia (GO)manifestaram, esta quinta-feira, a sua solidariedade para com os mais de 400 médicos internos que comunicaram, recentemente, a sua indisponibilidade para realizar mais de 150 horas extraordinárias.

O secretário-geral do SIM compreende que nem todas as reivindicações podem ter resposta imediata, contudo pede, em primeiro lugar, "respeito" do Governo para com os profissionais de saúde e uma resposta do Ministério da Saúde.

"Era obrigatório pelo menos ouvir estes médicos", defende.