Os guardas prisionais querem ser ouvidos pela nova ministra da Justiça, Rita Júdice, até ao final de abril.

À Renascença, Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), diz que são necessárias medidas urgentes para valorizar a classe e dá exemplos do que diz ser uma “catástrofe” prestes a acontecer nas prisões.

“Pelo menos, tem que nos ouvir até ao final de abril, para expormos os problemas e para eles começarem a trabalhar. É muito urgente. Na semana passada, houve uma tentativa de homicídio de um guarda prisional na cadeia de Monsanto e nós precisamos seriamente que resolvam este problema”, afirma o sindicalista.

Frederico Morais alerta que, se o novo Governo não atuar “com rapidez e nos sítios certos”, poderá acontecer “uma catástrofe no sistema prisional português”.

“Estamos a tentar evitar uma catástrofe, mas precisamos que nos ouçam, que resolvam. Não é só dizer na campanha eleitoral que vão fazer, é agora, é altura de fazer. Estamos cá para os ajudar também para resolver”, sublinha o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.

Rita Júdice é a ministra da Justiça do XXIV Governo Constitucional, que vai tomar posse na próxima terça-feira, 2 de abril.

Tem 50 anos e é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. Uma das principais missões da nova ministra será pacificar o setor.