No âmbito da iniciativa governamental “PRR em debate”, o primeiro-ministro lançou esta segunda-feira dois vídeos, em que salienta o duplo objetivo do plano de recuperação e resiliência, apontando a saúde como primeiro exemplo. O programa apresentado por Portugal para aceder às verbas comunitárias e combater as consequências da pandemia de Covid-19 prevê 36 reformas e 77 investimentos, das áreas sociais ao clima e digitalização.
O Governo quer, ao mesmo tempo, resolver problemas imediatos e fazer reformas estruturais com a chamada ‘bazuca europeia’. O plano de recuperação e resiliência que esta semana será debatido com parceiros sociais pode receber contributos de todos os portugueses. “É um programa focado no tempo. Todos os compromissos têm de ser assumidos até 2023 e todas as despesas têm de ser executadas até 2026″, defende o primeiro-ministro.
O anúncio foi feito por Augusto Santos Silva, na comissão parlamentar de Assuntos Europeus. O ministro, que respondia a uma questão colocada pelo Bloco de Esquerda, explicou que o Governo ainda “está a receber e a tratar indicações”, assinalando que há diversas razões para os pedidos.
Todas as semanas, chegam novas pessoas abalroadas pela crise pandémica às ruas. Muitos ainda resistiram durante os primeiros meses, mas agora ficaram sem nada. Envergonhados, procuram ajuda, “não fazem a menor ideia como o sistema funciona” e não querem viver de “caridadezinha”, conta Natália Abrunhosa, coordenadora do Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA) no Porto. Rede Europeia Anti-Pobreza admite “crescimento exponencial" da pobreza. De artistas a empregadas de limpeza e até advogados, todos caíram ou estão prestes a cair num fosso de exclusão social.
O secretário de Estado do Desporto repudia as ameaças recebidas pelo árbitro Luís Godinho, após o Braga-FC Porto, apela a uma união de todos os responsáveis para um combate efetivo a estas situações e garante ação por parte das autoridades.
Em entrevista à Renascença, João Paulo Rebelo recusa responder às críticas de Pinto da Costa. O presidente do FC Porto disse que o país não tem secretário de Estado do Desporto, "está morto ou desertou". "Estamos todos mortos por sair desta pandemia", diz o governante, assumindo que a sua agenda para o futebol visa outras prioridades, como a centralização de direitos televisivos e o regresso do público aos estádios.
Presidente da CPPME, Jorge Pisco, denuncia o que considera ser um ciclo vicioso que está a prejudicar as empresas: o ministério da Economia anuncia medidas, o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social regulamenta-as, e no fim o ministro das Finanças fecha a torneira. O presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médios Empresas acredita que mais de 20% dos empresários já não estão a pagar salários.
Primeiro-ministro anuncia manutenção de todas as restantes restrições no comércio durante o novo estado de emergência, entre 15 de fevereiro e 1 de março.
Em entrevista à Renascença, José Artur Paiva sublinha a necessidade de manter o país confinado, pelo menos, dois meses e de o Governo, a que aponta o erro de tomar medidas tardiamente, programar um desconfinamento progressivo. O diretor de Medicina Intensiva do Hospital de São João garante que doentes graves e agudos, Covid-19 ou não Covid-19, têm o mesmo tratamento. Recuperar atraso no tratamento de patologias não urgentes é objetivo para cumprir, assim que a pandemia esteja controlada.