Começa esta sexta-feira nova greve de professores, desta vez agendada pelo sindicato STOP. A paralisação tem por principal alvo as provas de aferição que, em maio e junho, são feitas pelos aluno do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade.

Desta vez não houve marcação de serviços mínimos, cenário que leva Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, a admitir que o protesto pode representar “um constrangimento para a realização das provas”, de acordo com o grau de adesão dos professores”, lembrando que a ausência de serviços mínimos, “ao contrário daquilo que aconteceu nas últimas semanas e meses”.

Questionado sobre como entende a falta de marcação de serviços mínimos, Filinto Lima lembra que a decisão foi tomada “por unanimidade” pelos elementos do colégio arbitral.

“Penso que aqui o foco foi o facto de não ser uma greve por tempo indeterminado e também tendo em conta a característica destas provas: são provas de aferição, não são provas finais, não são exames”, expõe.

Nestas declarações à Renascença, Filinto Lima assegura ainda que a lei será respeitada, bem como a decisão do colégio arbitral.

Numa altura em que o ano letivo caminha a passos largos para o fim, Filinto Lima confessa “pelo próximo ano letivo”.

“Se até lá as situações não forem resolvidas, se não houver o tal consenso entre o Ministério da Educação e os sindicatos, receio que, no próximo ano letivo, esta luta se prolongue, a partir de setembro/outubro, que é quando começa o ano letivo 2023/24”, reforça.

Apesar do atual momento que se vive nas escolas, o presidente da Associação de Diretores de Agrupamento e das Escolas Públicas considera que os conhecimentos têm sido passados aos alunos e apela aos pais para que não transmitam nervosismo aos filhos, sobretudo em dias de provas, como as de aferição que decorrem entre maio e junho.

A greve de professores convocada plo STOP decorre, numa primeira fase, a partir desta sexta-feira e até 11 de maio e depois de 16 a 26 de maio.