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O terrorismo voltou a atacar alvos civis no coração da Europa. Bruxelas foi alvo de dois atentados que provocaram dezenas de mortos (pelo menos 31, no balanço mais recente) e centenas de feridos (314) num aeroporto e numa estação de metropolitano.

Ainda há muitas perguntas sobre o que aconteceu esta terça-feira na capital belga e algumas certezas sobre estes ataques já reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico.

  • Duas grandes explosões foram ouvidas no aeroporto pelas 7h00 (hora de Lisboa). Dois terroristas fizeram-se explodir na zona das partidas, avançou o procurador federal.
  • Cerca de meia hora depois, ainda em hora de ponta, uma outra bomba explode na estação do metro de Maalbeek, a 200 metros da Comissão Europeia, no momento em que um comboio chega à estação.
  • O aeroporto foi encerrado e as ligações de comboio para a capital foram suspensas. O espaço aéreo belga foi encerrado.
  • Os ataques provocaram, pelo menos, 31 mortos e 314 feridos. Vários órgãos de comunicação social avançaram na terça-feira que havia 34 vítimas mortais.
  • Entre os feridos estão duas dezenas de portugueses. A primeira notícia, na terça-feira, dava conta apenas de uma enfermeira de 30 anos, natural de Coimbra. Na quarta-feira, a Renascença falou com André Pinto, que perdeu a audição de um ouvido e a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas actualizou o número total de cidadãos portugueses afectados.
  • A polícia belga terá detido Fayçal Cheffo, alegadamente o terceiro terrorista do aeroporto que foi apanhado por uma imagem captada por uma câmara de videovigilância. Um outro suspeito estará ainda em fuga.
  • No total quatro pessoas terão estado directamente envolvidas nos atentados:
    • Na dupla explosão no aeroporto de Zaventem foram apontados três suspeitos. Dois morreram e um, ainda por identificar, está em fuga. Os dois terroristas morreram são Brahim El Bakraoui, identificado através digitais, e Najim Laachraoui, ambos de nacionalidade belga.
    • Na estação de metro de Maelbeek, o bombista, também identificado pelas impressões digitais, é Khalid El Bakraoui, irmão de Brahim que se fez explodir no aeroporto. Ambos tinham antecedentes criminais não ligados ao terrorismo. As autoridades belgas suspeitam agora de um segundo homem envolvido neste ataque, que ainda não foi identificado, mas que aparece nas câmaras de vigilância com um grande saco.
  • Ibrahim El Bakraoui foi duas vezes deportado da Turquia: uma em Julho de 2015 e outra em Agosto do mesmo ano. A informação foi avançada pelo Governo turco, que acusa as autoridades belgas de o terem deixado escapar.
  • Uma bomba com pregos, produtos químicos e uma bandeira do autoproclamado Estado Islâmico foram encontrados numa busca em Schaerbeek, Bruxelas.

[notícia actualizada às 02h10 de domingo, 27 de Março]