Os sindicatos dos médicos saúdam a escolha de Ana Paula Martins para ministra da Saúde e esperam encetar negociações o mais rápido possível.

A nova ministra foi presidente da administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, que inclui o Hospital de Santa Maria e o Hospital Pulido Valente. Não é médica, mas é doutorada em Ciências Farmacêuticas.

Ouvida pela Renascença, Joana Bordalo e Sá, dirigente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), espera uma ministra "séria e competente" e pede o regresso rápido das negociações com os profissionais de saúde.

“A Fnam cumprimenta a nova ministra da Saúde e esperamos que faça um bom mandato e com bons resultados. Esperamos que tenha a visão correta para o Serviço Nacional de Saúde, que privilegie o diálogo com todas as classes profissionais e com os médicos, e que seja possível iniciar uma negociação, mal seja possível, uma negociação séria, transparente, sem manipulação e jogos de bastidores, que foi a estratégia seguida pela anterior equipa ministerial de Manuel Pizarro”, afirma Joana Bordalo e Sá.

A presidente da Fnam defende “negociações o quanto antes” e reivindica “salários justos para os médicos” e melhores “condições de trabalho para que doentes possam ter os melhores cuidados de saúde”.

Por seu lado, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), através do presidente Nuno Rodrigues, promete lealdade no diálogo com a ministra Ana Paula Martins.

“A ministra da Saúde pode contar connosco para melhorar o SNS. Mais importante do que a pessoa em si, que é experiente e conhece o setor, serão as suas políticas, a postura de diálogo e vontade de resolver os problemas”, sublinha Nuno Rodrigues.

O SIM diz que os problemas no setor “estão identificados” e vai pedir uma reunião com a nova ministra da Saúde, que toma posse a 2 de abril, nomeadamente para rever “o acordo intercalar de 2023” para concluir a revisão da grelha salarial.