Em entrevista à Renascença, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos admite que, face à falta de meios, os médicos se vejam confrontados cada vez mais com a necessidade de decidir a que doentes vão prestar cuidados. Carlos Cortes define o atual momento como “dramático”.
Uma centena de profissionais de saúde luso-venezuelanos estão em Portugal a trabalhar noutras áreas sem ser Medicina por não terem habilitação concedida pela Ordem. José Luis Carneiro e Paulo Rangel estão de acordo num apelo à "flexibilidade" das instituições de forma a que esses clínicos reforcem a resposta de saúde neste momento crítico para Portugal.
"Taxa de esforço do hospital no que respeita a camas Covid-19 ultrapassa já os 40% relativamente às camas não-Covid", adianta Centro Hospitalar do Oeste, em comunicado.
D. Virgílio Antunes considera que ao longo destes meses de pandemia a vida não tem sido fácil para ninguém, mas entende que a vida dos “profissionais de saúde, por estarem na linha da frente e, por isso, num contacto direto e contínuo com os doentes, com o seu sofrimento, com a falta de esperança e até com a morte”, torna os seus dias “mais duros” e a “situação mais dramática”.
Prazo previsto para acabar com as receitas em papel tinha sido adiado até 31 de dezembro por causa da situação pandémica e pela dificuldade dos Servisços Partilhados do Ministério da Saúde em prosseguirem a formação de médicos com dificuldades de adaptação.