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A Ordem dos Médicos está a organizar uma plataforma de médicos ucranianos, russos e portugueses, disponíveis para apoiar os refugiados de guerra.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, adiantou à Renascença que há 330 médicos ucranianos a trabalhar no nosso país e 150 russos. Todos estão disponíveis não só para traduzir relatórios médicos, como para tratarem os refugiados que vierem para Portugal. Há também muitos clínicos portugueses que querem ajudar. A lista de profissionais disponíveis deverá ser entregue esta quinta-feira ao secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales.

A Ordem dos Médicos está também a fazer uma lista do material médico e medicamentos que podem ser necessários na Ucrânia. Miguel Guimarães diz que não só os médicos portugueses, mas também os ucranianos e russos, estão dispostos a ir para o terreno de guerra, apoiar no que for preciso.

No entanto, alerta o bastonário, para que isso aconteça é preciso abrir um corredor humanitário que permita a entrada na Ucrânia.

"O cordão humanitário que existe na Ucrânia é de sentido único. O cordão humanitário tem de ser nos dois sentidos, no sentido das pessoas que querem sair do país, mas também tem que ser no sentido das pessoas que vão ajudar o país, que vão levar medicamentos, que vão levar alimentos, vão levar bens essenciais. A Organização das Nações Unidas vai ter de fazer uma pressão muito grande porque este cordão humanitário já devia estar aberto”, diz o bastonário.

Miguel Guimarães diz ainda que a Ordem vai disponibilizar-se, junto do Ministério da Saúde, para apoiar as equipas que vão buscar refugidos às zonas de fronteira.

Nestas declarações, o bastonário referiu também que, pelas informações que recolheu junto dos seus colegas ucranianos, a maior parte da população ucraniana está vacinada contra a Covid-19,incluindo crianças.