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A Região Autónoma dos Açores vai receber a primeira remessa de vacinas contra a Covid-19 na noite de quarta-feira, e a vacinação começa no dia seguinte, dia 31, anunciou na Renascença o secretário regional da Saúde.

“Foi confirmado esta tarde - quer pela Pfizer, quer pelo secretário de Estado da Saúde - que [o primeiro lote] chegará às 22h30 do próximo dia 30”, confirma Clélio Meneses.

O primeiro carregamento de 9.750 doses vai aterrar na ilha Terceira e será armazenado no hospital de Espírito Santo, em Angra do Heroísmo.

“No outro dia, pelas 05h30 da manhã, [as vacinas] vão ser deslocadas para o aeroporto das Lajes, no sentido de irem para São Miguel, as que se destinam àquela ilha, num voo que sai da ilha Terceira pelas 06h55 e que chega a Ponta Delgada por volta das 07h30”, explica o responsável.

Clélio Meneses explica, por outro lado, que as vacinas serão administradas nos lares de idosos e a profissionais de saúde dos hospitais das ilhas Terceira e de São Miguel, “onde existe transmissão comunitária. E, dentro destas ilhas, entendemos como público alvo prioritário todos os que estão institucionalizados ou internados em lares, residências, casas de saúde e, também, na rede de cuidados continuados e, também os profissionais de saúde que têm contacto direto com doentes Covid ou suspeitos de terem Covid”.

A campanha de vacinação nos Açores vai arrancar na manhã de 31 de dezembro mas ainda não há data prevista para a chegada das vacinas às restantes sete ilhas do arquipélago.

“Não depende de nós, depende dos fornecedores e do conjunto de procedimentos e de licenciamento europeu que ainda não foi alcançado e só depois de termos as vacinas cá ou a garantia de quando elas chegam”.

No entanto, o secretário regional de Saúde dos Açores admite que, numa segunda fase, a partir de março ou abril, “serão outros aqueles que beneficiarão das vacinas, designadamente os idosos com mais de 64 anos e, também, aqueles entre 50 e 64 que sofram de algumas patologias. A partir de julho será generalizado a toda a população dos Açores”.

Falta de recursos humanos pode condicionar vacinação em algumas ilhas

O coordenador de saúde pública dos Açores, Gustavo Tato-Borges, adiantou à Renascença que há ilhas que poderão ter mais dificuldades no processo de vacinação devido à falta de recursos humanos.

Há algumas ilhas que têm mais dificuldade em termos de recursos humanos, em que será necessário agilizar de outra forma, para além do transporte das vacinas, a ida de equipas que possam assegurar a vacinação de uma forma mais organizada", referiu.

Tato-Borges assegura, contudo, que "à partida, o transporte das vacinas está perfeitamente assegurado", mas que há ilhas que "terão de ser trabalhadas de uma forma mais cuidadosa e analisadas as suas situações epidemiológicas, para podermos fazer esse transporte".

[notícia atualizada às 23h58 com declarações de Gustavo Tato-Borges, coordenador de Saúde Pública dos Açores]