José Manuel Capristano foi dirigente do Benfica e nos muitos anos ligado ao clube e ao futebol revela, em declarações a Bola Branca, não se recordar de que Pinto da Costa "tenha dado os parabéns a um presidente" do clube da Luz, com uma possível exceção, Fernando Martins, "porque eram amigos", mas sem a certeza de que tal tenha sido uma realidade.

"Não me lembro do senhor Pinto da Costa ter dado os parabéns a um presidente do Benfica. Estar agora a queixar-se de algo que também não faz, é o tal ADN do FC Porto", acrescenta.

O antigo vice-presidente do Benfica, com responsabilidade no futebol, manifesta tristeza por mais uma derrota com os azuis e brancos, apesar de sublinhar que os jogadores encarnados "lutaram e esforçaram-se", considerando que "não tiveram a sorte do jogo".

Capristano não gostou da arbitragem de Luís Godinho e lança também dúvidas sobre o lance que determinou o fora de jogo, de dois centímetros, no lance em que Darwin marcou.

Época aquém do esperado. Futuro com Roger Schmidt

Em relação à classificação final do Benfica - 3.º lugar -, o ex-dirigente considera ser "merecida" para um Benfica que não agradou a nenhum adepto. A única prova que valorizou as águias foi Liga dos Campeões, em que a equipa de Nélson Veríssimo só caiu aos pés do Liverpool nos quartos de final.

Na Luz prevê-se uma nova temporada com muitas mexidas e com novo treinador, Roger Schmidt. Capristano confessa ter medo de "uma razia" grande que possa por em causa o arranque de uma época que, por força da participação nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, começa mais cedo.

"Para entrosar uma equipa de futebol não é de um dia para o outro, demora muito tempo. Não acredito que venham 10 jogadores, mas devem vir quatro, cinco, seis, não tenho grandes dúvidas. Para por a máquina a funcionar é muito complicado", conclui o antigo dirigente do Benfica.