Tudo começou quando o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, acusou o PSD de ser o “partido das portagens”, continuou com uma menção a José Sócrates e acabou com o fantasma da troika. O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, tentou serenar os ânimos, mas o debate "aqueceu".

“O atual presidente da Assembleia da República indignava-se pelo presidente Cavaco Silva não condecorar José Sócrates. Os senhores foram os responsáveis por aqueles contratos ruinosos, pela introdução de portagens e pelo valor das portagens”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento.

Na resposta, Eurico Brilhante Dias lembrou a troika e vincou que as populações do interior do país pagam portagens porque o PSD o exigiu nas negociações do PEC III (Programa de Estabilidade e Crescimento).

“O PPD/PSD exigiu à população de Castelo Branco, da Guarda, de Vila Real, de Bragança, do Algarve, que pagasse portagens para assinar um instrumento fundamental não fosse descartado mais cedo. Os senhores entregaram a cabeça do país numa bandeja à troika”, disse, descrevendo o PS como “o partido que quer reduzir as portagens”.

A troca acesa de palavras acabou com um aviso de Augusto Santos Silva, mas a verdade é que o PS chumbou vários projetos de lei que pediam a eliminação ou redução do preço das portagens nas antigas SCUT.