Em causa estarão processos com “crimes graves”, como corrupção e burla, e com acesso a metadados que tenham sido utilizados na obtenção da prova, diz à Renascença a antiga diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
Já Pedro Delille, advogado de José Sócrates, na primeira sessão do debate instrutório, defendeu que não existiu qualquer apagão informático da plataforma Citius na data da distribuição manual da Operação Marquês, defendendo que "isto foi uma tese mentirosa que serviu para justificar o injustificável", insistindo que a atribuição sem sorteio ao juiz Carlos Alexandre foi previamente combinada com a escrivã Maria Teresa Santos.
Revelação surge a propósito de descrição de uma visita de Costa a Sócrates quando o antigo primeiro-ministro estava detido em Évora. O relato é feito no 4º volume da edição atualizada e ampliada da biografia de Mário Soares, que também estava nessa visita ao estabelecimento prisional de Évora.
Acusações mútuas de perseguição entre as defesas marcaram hoje o debate instrutório relativo à distribuição do processo Operação Marquês, com a advogada do juiz Carlos Alexandre a defender que é o ódio que move o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
A decisão do debate instrutório que opõe José Sócrates ao juiz Carlos Alexandre no caso relativo à distribuição manual do processo Operação Marquês vai ser conhecida em 03 de maio
Tribunal da Relação admitiu o pedido de abertura de instrução ao caso do sorteio de escolha do juiz da Operação Marquês. Medida determina automaticamente que visados - o juiz Carlos Alexandre e a escrivã Teresa Santos - sejam arguidos.
Em causa está a alegada distribuição manual da "Operação Marquês" ao juiz Carlos Alexandre pela escrivã que já tinha trabalhado com o magistrado judicial em outros tribunais.
Questionado sobre a entrevista que Sócrates deu à CNN e sobre se o antigo primeiro-ministro é "tóxico" para o PS, o líder socialista respondeu que "o que é tóxico é não votarmos".