O Partido Socialista quer continuar a discutir na especialidade as alterações à Lei da Nacionalidade, principalmente em relação aos descendentes de judeus sefarditas.

Nesta tarde de quinta-feira, o parlamento debate oito projetos-lei, sendo que um deles, o do PCP, prevê acabar com a regra de concessão da cidadania portuguesa "por mero efeito da descendência de judeus sefarditas".

O líder da bancada parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, diz que é preciso travar o negócio que aconteceu, por exemplo, no Porto.

No final da reunião do grupo parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias disse que “o que tem acontecido em Portugal, um autêntico negócio que tem sido feito, e em particular, no Porto em torno da lei da nacionalidade”, é “um fenómeno que vamos combater, em particular numa discussão profunda na especialidade, que permita que esse regime não possa ser utilizado de forma abusiva”.

Defendendo tratar-se de uma lei “bondosa” e de ‘reparação’, Eurico Brilhante Dias não quis adiantar que alterações defende, mas garantiu ser possível fazê-las e “pôr um ponto final a situações passadas”.

O deputado mencionou “a atribuição da nacionalidade ao oligarca russo Roman Abramovich, ex-dono do Chelsea FC”.

Considerando que “reparação histórica é relevante e importante”, Brilhante Dias argumentou que “transformar este passo positivo, que procura fazer reparação, num negócio da nacionalidade é algo que nós não estamos disponíveis” para fazer, e “na especialidade iremos discutir o tema e aprofundá-lo.”