Os pedidos da nacionalidade portuguesa dispararam desde que estalou a polémica sobre a atribuição do passaporte português a judeus sefarditas com antepassados portugueses.
À Renascença, secretário de Estado da Justiça diz não ter qualquer informação sobre potencial retirada da nacionalidade portuguesa ao oligarca russo e assume que o inquérito interno no IRN ainda prossegue.
Documentos secretos revelam que oligarca russo, com nacionalidade portuguesa, terá colocado em nome dos filhos, alguns menores de idade, algum do seu património financeiro.
Paulo de Morais considera que é necessária uma análise à legalidade das nacionalidades até agora atribuídas. Conservatórias recebem cerca de três mil pedidos por dia e estão sem capacidade de resposta.
Daniel Litvak, responsável pela emissão de certificados de descendentes de judeus sefarditas, está indiciado por associação criminosa, corrupção ativa, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências no caso de Abramovich.
A Roman Abramovich juntou-se agora Andrei Rapport. A lista dos oligarcas russos com passaporte português ao abrigo da lei dos sefarditas não para de aumentar. Paulo Morais, presidente da associação Frente Cívica, quer clarificação sobre as naturalizações já ocorridas.
“No inquérito investigam-se, factos suscetíveis de enquadrar a prática dos crimes de corrupção, falsificação de documentos, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de estupefacientes”, avança a Judiciária.
Parlamento debate esta quinta-feira projetos-lei sobre a Lei da Nacionalidade. PS considera-a “bondosa” e diz querer acabar com abusos como o do caso do oligarca russo Abramovich.