A Federação Nacional de Professores (Fenprof) realiza, na tarde desta quarta-feira, um protesto junto à Assembleia da República para assinalar quatro anos desde que o primeiro-ministro anunciou que se demitiria caso o parlamento aprovasse a recuperação do tempo de serviço dos professores.

O protesto realiza-se às 17h15, na escadaria em frente à Assembleia da República, em Lisboa, um dia depois de a federação de professores ter requerido a negociação suplementar do anteprojeto de diploma apresentado pelo Ministério da Educação, alegadamente para corrigir assimetrias na carreira decorrentes dos períodos de congelamento, que a Fenprof considera "discriminatório, injusto e gerador de novas assimetrias".

Numa nota enviada às redações, a Fenprof recorda que, no dia de hoje se completam 4 anos que o António Costa "ameaçou o país com a demissão do seu Governo, caso o plenário da Assembleia da República aprovasse o projeto de lei que, com exceção do grupo parlamentar do PS, fora aprovado na Comissão de Educação".

"A chantagem levou a que os partidos à direita do PS, que tinham votado favoravelmente o projeto na comissão parlamentar, alterassem o sentido do seu voto, reprovando o diploma legal", recorda a federação de professores, que hoje assinala a efeméride com um protesto junto à Assembleia da República.

Nessa ocasião, serão apresentados "exemplos concretos" de professores "prejudicados pelo roubo de tempo de serviço cumprido".

Prossegue, entretanto, a greve de professores por distritos que é convocada por uma plataforma de nove organizações sindicais incluindo Fenprof e FNE. A greve desta quarta-feira abrange as escolas do distrito Évora.