A Câmara de Lisboa pede respeito ao Governo na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Numa visita aos terrenos onde vai estar o Papa em agosto, o vice-presidente da autarquia nunca mencionou o nome de José Sá Fernandes - o coordenador nomeado pelo Governo para articular a organização -, mas lembra que a autarquia foi eleita e, por isso, merece respeito democrático.

“Temos como interlocutor o Governo e não admitimos, não poderíamos aceitar que a câmara fosse remetida para uma competência administrativa coordenada ao nível administrativo. Não é isso que pode acontecer, não é isso que acontece”, declarou Anacoreta Correia, indicando que tem existido uma boa coordenação com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.

O vice-presidente da câmara disse ainda ser “preciso que o Governo transmita àqueles em quem confia determinadas tarefas que tenham o respeito democrático que a câmara municipal exige”.

“Se tiverem respeito, nós trabalharemos juntos. Se não tiverem respeito, o Governo tem de encontrar uma resposta, mas a responsabilidade é deles”, sublinhou.

A cinco meses da Jornada Mundial da Juventude, os deputados municipais de Lisboa foram verificar as obras no Parque Tejo, com a câmara a assegurar que decorrem “a um bom ritmo”.

“Como responsável político na câmara, posso assegurar que as obras não se têm perturbado com as notícias e, portanto, aquilo que está previsto para esta obra principal aqui no Parque Tejo é que termine até ao final de maio."