O ministro das Finanças afasta para já um cenário de recessão técnica em Portugal, estando otimista quanto à execução do plano orçamental para 2023.

Fernando Medina que falava aos jornalistas à entrada da reunião do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças dos Estados-Membros da União Europeia, afirmou que a melhoria dos indicadores económicos a nível europeu, favorecem Portugal.

“O cenário que nós hoje temos relativamente a Portugal que era o cenário que o Governo tem e que o Banco de Portugal, depois, veio também a confirmar, é que nós tenhamos terminado o ano, o último trimestre, a crescer e que não temos para já indicador de que o primeiro trimestre [2023] seja um trimestre que tenha um resultado diferente”, avançou.

“O quarto trimestre de 2022”, prosseguiu para reafirmar a sua convicção, “certamente que não, o que afasta uma recessão técnica nos dois trimestres, o que obrigaria a dois trimestres negativos e um deles será positivo”.

Segundo Medina, “Portugal é o segundo país que mais cresce em 2022, entre 6,6% e 6,7%", acrescentando que o país apresentará uma "redução recorde da dívida pública".

Assim, o ministro diz ter "confiança para executar o plano orçamental para 2023", realçando apoios importantes se refletiram no preço da energia.

Estamos no arranque do ano, mas num cenário menos negativo do que aquele quando elaboramos o Orçamento do Estado (OE), nomeadamente, relativamente ao preço dos produtos energéticos e isso tem grande impacto sobre a capacidade de cumprirmos as nossas metas no OE para 2023, que eram metas de crescimento económico e de manutenção de uma muito baixa taxa de desemprego”, assinalou.

Fernando Medina lembrou ainda os que “apelidaram de excessivamente otimistas as previsões que o Governo tinha”, aquando da apresentação do OE para 2023, para sublinhar que, “embora numa fase preliminar do ano”, os sinais que existem, “permitem-nos antever uma melhor capacidade da nossa economia cumprir as projeções que temos definidas e podermos executar o nosso programa, que é mantermos o apoio às famílias e às empresas,” ao longo deste ano.

Por outro lado, Medina afirmou que com os dados de que dispõe, é possível prosseguir com os objetivos do Governo, de solução do défice orçamental.

“Precisamos de o fazer para conseguirmos baixar de novo o peso da dívida pública. Já conseguimos triá-la oa pódio, da posição destacada de terceiro país mais endividado, mas precisamos de ir mais longe de forma a que ela se coloque ainda em patamares de verdadeira sustentabilidade para o nosso futuro e das gerações que se seguem”, destacou o ministro das Finanças.