A Deco alerta para aumentos nos serviços prestados pela banca para 2022.

Segundo a organização de Defesa do Consumidor, pelo menos, três bancos já anunciaram o agravamento dos preços dos seus serviços para o Ano Novo, uma medida já usual mas sem justificação, critica o economista Nuno Rico, citado pelo “Diário de Notícias” desta terça-feira.

“É sempre acima da inflação. Basta ver estes aumentos anunciados pelo Novo Banco, onde temos casos de aumentos de 50%”, diz à Renascença Nuno Rico, economista da associação para a Defesa do Consumidor.

Afirma ser muito difícil de compreender, pois estamos “perante uma cada vez maior digitalização, que permitiu uma poupança de milhões de euros aos bancos, nomeadamente da redução de pessoal – saíram mais de dois mil funcionários e menos 200 balcões”.

“Não há argumentos para estes aumentos. Cada vez os portugueses têm menos banca, mas uma banca mais cara”, diz o especialista.

Segundo o jornal, três bancos já anunciaram preços mais altos para os seus serviços, incluindo o Novo Banco, que vai cobrar mais aos clientes particulares pelos depósitos à ordem, ações e serviços de cartões de crédito e de débito.

Por exemplo, a comissão de manutenção de conta à ordem vai passar a ser igual para todas as contas, independentemente do saldo. Enquanto em 2021 uma conta com saldo superior a 35 mil euros pagava 12 euros anualmente, em 2022 o valor sobe para 62,30. Já as anuidades dos cartões sofrem aumentos de 50%, de 10 para 15 euros nalguns casos, e de 20 para 30 nos cartões Gold, de acordo com dados avançados pela empresa de comparação de serviços ComparaJá, citados também pelo DN.

Os outros dois bancos que já anunciaram aumentos são o ActivoBank e o Millenium BCP.

Nuno Rico lamenta esta prática dos bancos, uma vez que os serviços que prestam são cada vez mais necessários e pede que haja mais transparência no que diz respeito às comissões aplicadas.

Pode consultar no site do Banco de Portugal um comparador de comissões bancárias.


[notícia atualizada às 10h30]


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