Sismo

Freira portuguesa relata cenário na Síria: "As pessoas não sabem para onde ir"

08 fev, 2023 - 20:44 • Pedro Mesquita com Redação

A irmã Maria Lúcia Ferreira indica que na Síria há menos apoio internacional que na Turquia, que também sofreu um forte impacto do sismo. Uma cidadã síria ouvida pela Renascença pede mais apoio da comunidade internacional.

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A irmã Maria Lúcia Ferreira relata "imagens terríveis" na Síria, depois de um sismo de 7,6 na escala de Richter, e em que "as pessoas não sabem para onde ir".

À Renascença, a religiosa contemplativa que vive num mosteiro em Qara refere que "ainda há edifícios que estão a cair".

"Mesmo depois do terramoto, ainda há estruturas a colapsar do nada. E há milhares de pessoas nos escombros, porque não há meios para os encontrar a todos", conta.

A irmã Maria Lúcia Ferreira indica que na Síria há menos apoio internacional que na Turquia, que também sofreu um forte impacto do sismo.

"São muito poucos e com poucos meios. Não há cobertura nenhuma de meios de comunicação social. Ninguém está a falar nisso, mas a situação na Síria é pior que na Turquia", aponta.

"É uma grande tragédia"

Em Portugal, Ghalia Taki, uma cidadã síria que coordena o gabinete de interpretação do Serviço Jesuíta aos Refugiados, revela enorme preocupação com o que se passa no seu país e diz mesmo que já recebeu notícias de morte de alguns familiares.

Segundo conta à Renascença, é provável que "haja muitos mais" mortos e que as equipas de socorro "conseguem ouvir gritos" das pessoas que estão presas por baixo das derrocadas.

"É muito difícil seguir à distância e esta sensação de não ser capaz de fazer alguma coisa. É uma grande tragédia. Há muitas pessoas que perderam as suas casas e estão agora nas ruas com temperaturas abaixo de zero", relata.

Ghalia Taki pede à comunidade internacional para "intervir imediatamente".

"Todos têm direito à proteção e à vida", apela.

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