07 abr, 2022 - 20:32 • João Malheiro
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O dia 43 da invasão à Ucrânia ficou marcado pela suspensão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Depois de ter sido convidado no dia anterior, Zelenskiy aceitou, esta quinta-feira, discursar no parlamento português, em data ainda a definir.
Esta quarta-feira também foi marcada pela reunião dos chefes da diplomacia da NATO, em que participou o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) ucraniano, Dmytro Kuleba, enquanto convidado.
A Renascença resume os principais momentos de mais um dia de conflito.
A Rússia foi esta quinta-feira suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A decisão foi tomada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com 93 países a votarem a favor da moção apresentada pelos Estados Unidos. Contra votaram 24 países e 58 países abstiveram-se.
O embaixador da Ucrânia junto da ONU, Sergiy Kyslytsya, tinha pedido aos membros das Nações Unidas que suspendessem a Rússia do principal organismo de direitos humanos da organização, afirmando que Moscovo tinha cometido "violações e abusos horríveis dos direitos humanos que seriam equiparados a crimes de guerra e crimes contra a humanidade".
O Presidente da Ucrânia aceitou o convite para discursar no Parlamento português por videochamada. A informação foi confirmada à Renascença por fonte do gabinete do presidente Assembleia da República.
A data para o discurso ainda não foi escolhida.
O convite a Volodymyr Zelenskiy foi feito pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em articulação com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Na Assembleia da República, o partido Pessoas-Animais-Natureza foi quem lançou a ideia de realizar uma sessão solene com Zelenskiy por videoconferência. A proposta foi analisada na quarta-feira, na reunião de conferência de líderes, tendo sido aprovada, embora o PCP se tenha manifestado contra.
A NATO está "determinada a fazer mais" para ajudar a Ucrânia a defender-se da invasão da Rússia, disse esta quinta-feira, em Bruxelas, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
“Os Aliados estão a fazer muito e estão determinados a fazer mais, no imediato e a longo prazo, para ajudar os valentes ucranianos a defender as suas casas e o país e a expulsar as forças invasoras", disse Stoltenberg, em conferência de imprensa no final de uma reunião dos chefes da diplomacia da NATO, em que participou o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) ucraniano, Dmytro Kuleba.
O diplomata tinha indicado, antes da reunião, que a agenda para o encontro era simples "armas, armas e armas".
"Quantas mais armas tivermos e quanto mais cedo chegarem à Ucrânia, mais vidas serão salvas, menos cidades e vilas serão destruídas, e não haverá mais Buchas. Esta é a minha mensagem para os aliados, a quem peço que ponham de lado as suas hesitações e relutâncias e providenciem à Ucrânia tudo o que necessita", afirmou.
Portugal esteve representado, nesta cimeira, pelo novo chefe da diplomacia, João Gomes Cravinho.