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Portugal já pediu apoios da União Europeia para acolher ucranianos

22 mar, 2022 - 09:55 • Anabela Góis , Olímpia Mairos

Na cimeira europeia, de quinta e sexta-feira, que vai contar com a presença de Joe Biden, pode ser definido um novo pacote de sanções à Rússia.

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Portugal já recorreu aos apoios da União Europeia destinados ao acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia.

À Renascença, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus avança que, neste momento, já decorrem as negociações para assegurar os financiamentos das ajudas destinadas aos que fogem da guerra.

“Portugal já teve de recorrer aos fundos que existem para acolhimento de migrantes. Estão, neste momento, a ser feitas as negociações, tendo em vista assegurar alguns desses financiamentos”, adianta Ana Paula Zacarias.

A governante diz ser preciso “garantir que os refugiados que vêm têm as condições mínimas estabelecidas, para se poderem alimentar, para podermos encontrar alojamento e, neste momento, é importante conciliar esses esforços com apoios europeus que esperamos poder receber em breve”.

Novas sanções à Rússia

Nesta entrevista, Ana Paula Zacarias diz, ainda, que a próxima cimeira europeia, de quinta e sexta-feira, vai ser mais uma prova da união dos países ocidentais tendo em conta que no encontro vai estar presente o Presidente dos Estados Unidos da América.

Na cimeira vai, ainda, estar em cima da mesa a preparação de um novo pacote de sanções à Rússia.

“Neste momento, poderá haver uma extensão em relação a mais bancos que fiquem fora do sistema Swift e, eventualmente, algumas questões mais ligadas com a energia, que são essas que são, talvez nesta altura, as mais divisíveis”, aponta.

Ana Paula Zacarias admite, ainda, que questão de um embargo ao petróleo e ao gás da Rússia vai ser discutida pelos líderes europeus.

“Mais fácil será algum tipo de embargo em relação ao petróleo, por exemplo. O gás é bastante problemático para alguns dos países da União Europeia que ainda dependem de grande parte do gás russo”, nota.

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus sublinha também que “todas as medidas que vão sendo tomadas são medidas que serão exequíveis num médio prazo médio, que pode ir até ao final do ano, mas têm um impacto muito grande nas nossas economias e, portanto, exige que os líderes tenham um verdadeiro debate sobre essa matéria”.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU. Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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