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Guerra na Ucrânia

Ramalho Eanes. “Julgo que se poderia ter ido mais longe” na resposta à Rússia

08 mar, 2022 - 19:13 • Susana Madureira Martins , Marta Grosso

Antigo Presidente da República considera que “Putin demonstrou que é um homem em quem não se pode confiar e do qual tudo se pode esperar. E tudo do pior”.

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Ramalho Eanes considera que o Ocidente deveria ter ido mais longe na resposta à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia. O antigo chefe de Estado diz que a Europa foi apanhada desprevenida.

“Há uma mudança geopolítica radical e apanhou a Europa desprevenida. A Europa respondeu bem, mas era de responder com mais força, porque o Putin demonstrou que é um homem em quem não se pode confiar e do qual tudo se pode esperar. E tudo do pior”, defendeu nesta terça-feira à tarde.

Questionado sobre se uma resposta mais forte não poderia colocar em risco a segurança global, Ramalho Eanes respondeu que, mesmo considerando “a segurança global extremamente importante, seria conveniente ver se não se poderia ir mais longe. Eu julgo que se poderia ter ido mais longe”.

O antigo Presidente da República participava na apresentação do livro do médico José Roquette, numa sessão onde também estiveram presentes Marcelo Rebelo de Sousa e o antigo chefe de Estado Cavaco Silva.

Quando abordado pelos jornalistas, à margem da cerimónia, Ramalho Eanes hesitou em comentar a situação na Ucrânia, dizendo que “se tem falado muito”, mas pouco sobre o “fundamental”.

“E o fundamental, já agora, é que há uma mudança geopolítica radical”, continuou.

Nesta terça-feira, os Estados Unidos anunciaram a proibição de importação de petróleo e gás russo e a Comissão Europeia propôs um plano de redução da dependência energética russa até 2030.

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