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Famalicão lança medidas de apoio a imigrantes ucranianos

03 mar, 2022 - 07:14 • Olímpia Mairos

Município vai coordenar onda de solidariedade e de acolhimento e prepara-se para alterar os regulamentos de apoios sociais para conseguir dar resposta imediata extraordinária aos cidadãos que cheguem fugidos do conflito.

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A autarquia de Vila Nova de Famalicão disponibiliza uma linha direta de apoio à comunidade ucraniana residente no concelho e aos refigiados que cheguem ao concelho por força do conflito militar que o país está a viver.

A decisão da autarquia surge na sequência de uma reunião entre o presidente da Câmara Municipal e uma família ucraniana residente no concelho, que já está a acolher familiares fugidos da guerra.

“A ativação com carácter de urgência de um vasto conjunto de respostas solidárias devidamente concertadas com as entidades representativas da Ucrânia, com a comunidade ucraniana residente em Famalicão e com o tecido institucional e cívico do território visa dar uma resposta sólida e eficaz às reais necessidades desta comunidade”, informa a autarquia.

Para aferir das “principais necessidades que importa acudir no imediato e da melhor forma em fazer chegar os bens aos destinatários”, a autarquia está já em contacto com as entidades representativas do país em Portugal.

A ideia do município é estruturar a disponibilidade solidária que existe no território de forma eficaz e ajustada e, nesse sentido, vai criar, em articulação com as juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social, empresas, escolas e outras instituições, pontos de recolha de bens devidamente sinalizados e integrados numa rede de solidariedade extraordinária.

“Queremos ser úteis e para isso temos que ser organizados e estar coordenados”, diz Mário Passos.

Numa outra dimensão, o município está a recolher informação completa sobre as disponibilidades de acolhimento no território para dar resposta aos refugiados que se viram obrigados a abandonar o país e que procurem o concelho. Atualmente, Vila Nova de Famalicão tem perto de três centenas de imigrantes ucranianos.

Prioridade ao acolhimento

A autarquia sublinha que a dimensão do acolhimento e integração é aquela a que quer dar mais atenção e, para isso, quer instalar uma rede de recursos solidários para ajudar estas pessoas.

“Pretende-se reunir e coordenar uma rede de serviços de apoio jurídico, psicológico, educativo, social e outros, que deem resposta concertada e concreta às reais necessidades da comunidade”, esclarece o presidente da autarquia.

Neste contexto, serão criadas várias bolsas de disponibilidade de ajuda, como bolsa de voluntários extraordinária inteiramente dedicada ao acompanhamento destes cidadãos, uma bolsa de disponibilidades de alojamento, de emprego e de ajudas técnicas e profissionais disponíveis.

O município vai ainda proceder a uma alteração aos seus regulamentos de apoios sociais, para conseguir dar resposta imediata extraordinária aos cidadãos que cheguem fugidos do conflito, apoios que, até agora, chegam aos cidadãos famalicenses ou aos residentes há mais de três anos no território.

De acordo com a autarquia, pretende-se ainda acionar medidas extraordinárias ao nível do apoio social, da educação, nomeadamente no apoio à aprendizagem do português, e da saúde.

Toda a ação será coordenada e dinamizada pelo pelouro da Interculturalidade e Integração que vai funcionar como elo de articulação entre os vários serviços municipais para uma resposta o mais abrangente possível.

A linha de apoio direta tem o número de telefone 932 018 305 e o email claim@famalicao.pt. A linha é coordenada pelo Gabinete de Integração de Migrantes.

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