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Mais de 4.600 detenções na Rússia em protestos anti-guerra

06 mar, 2022 - 13:33 • Ricardo Vieira, com agências

Nas redes sociais circulam vários vídeos de protestos em Moscovo e São Petersbursgo, onde se podem ouvir palavras de ordem contra a invasão ordenada há 11 dias pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

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Mais de 4.600 pessoas que se manifestaram hoje na Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia foram detidas, em cerca de 60 cidades, elevando o total para 13.000, desde o início da ofensiva, segundo a ONG OVD-Info.

Pelo menos 4.640 pessoas foram detidas hoje em 65 cidades, elevando para mais de 13.000 o total de manifestantes detidos desde o início da operação militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, de acordo com o OVD-Info, que acompanha os protestos não autorizados.

Nas redes sociais circulam vários vídeos de protestos em Moscovo e São Petersbursgo, onde se podem ouvir palavras de ordem contra a invasão ordenada há 11 dias pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

As agências internacionais também estão a divulgar fotografias de detenções em massa de manifestantes anti-guerra.

O opositor russo Alexei Navalny, atualmente preso na Rússia, tinha convocado os seus compatriotas a saírem às ruas contra a invasão da Ucrânia ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, a quem descreveu como um "czar louco".

“A guerra é uma loucura, parem por favor, olhem para esta crueldade”, apelou este domingo o Papa Francisco, durante a celebração do Angelus, na praça de S. Pedro, no Vaticano.

O Papa defende a realização de negociações e reforça a disponibilidade da Igreja para ajudar na tentativa de alcançar a paz na Ucrânia, invadida há 11 dias pela Rússia.

“Não se trata apenas de uma operação militar, mas de guerra, que semeia morte destruição e miséria”, declarou.

A guerra na Ucrânia já provocou mais de 1,5 milhões de refugiados, revelou este domingo o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Também este domingo, voltou a falhar o corredor humanitário montado para retirar civis de Mariupol.

A informação está a ser avançada por diversos meios de comunicação internacionais. Os separatistas pró-Rússia e a guarda ucraniana acusam-se mutuamente por mais este falhanço do cessar-fogo.

Para segunda-feira está prevista uma terceira ronda de negociações entre delegações da Ucrânia e da Rússia, para tentar encontrar uma solução para o fim da guerra.

[notícia atualizada às 22h30 com novos números]

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