O Presidente da República evocou este domingo “com saudade” o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, que morreu esta manhã aos 90 anos.

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Tutu é descrito como um “lutador maior pela justiça social, direitos humanos, liberdade e pluralismo na África do Sul” que “deixa um legado para toda a Humanidade.”

“A sua coragem contra o apartheid correu os quatro cantos do mundo, reconhecimento que lhe valeu o Prémio Nobel da Paz em 1984. As marchas pacíficas que liderou mudaram mentalidades e tocaram fundo as consciências internacionais, a sua liderança na Comissão de Verdade e Reconciliação permitiu à nova democracia sul-africana uma amplitude moral e inclusiva, onde se integrava também a comunidade portuguesa, cuja consolidação resultava já do peso histórico pelo exemplo de Nelson Mandela”, lê-se ainda.

Para Marcelo Rebelo de Sousa “Desmond Tutu foi uma das grandes figuras do século XX. Um século maldito em tantos aspetos, mas com marcos de superação e exemplos de humanismo que prevalecem nas nossas memórias.”

“Cabe a todos nós, líderes do século XXI, sabermos preservar as lições intemporais que gigantes pela paz, como o Arcebispo Tutu, nos deixaram.”

Assim, o Presidente informa que enviou “as mais sentidas condolências em nome de todos os portugueses” ao Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, “e ao povo amigo da África do Sul”.