A jornalista afegã Beheshta Arghand, que entrevistou um porta-voz dos talibãs há duas semanas fugiu do país com receio pela própria vida.

“À semelhança de milhões de pessoas, tenho medo dos talibãs”, disse Beheshta Arghand, em declarações à CNN.

Já em declarações à BBC, a jornalista da “Tolo News” lembra que a sua “geração trabalhou muito por um novo Afeganistão” e que, por isso, está “triste”.

Admite voltar se se confirmar que há segurança para viver e trabalhar. No entanto, para já, são cada vez mais os relatos de intimidação e agressão contra elementos da comunicação social no país.

Várias outras jornalistas da “Tolo News” deixaram de ir trabalhar nas últimas semanas.

Desde a tomada de poder dos talibãs, a 15 de agosto, um inquérito dos Repórteres Sem Fronteiras e da organização Centro para a Proteção das Mulheres Jornalistas Afegãs (CPAWJ), concluiu que a maioria das mulheres empregadas na comunicação social, incluindo jornalistas, deixou de trabalhar.