07 jul, 2021 - 21:53 • Redação
O advogado de Luís Filipe Vieira garante que o presidente do Benfica não foi apanhado de surpresa pela detenção e que está tranquilo.
Em declarações aos jornalistas, à saída da esquadra da PSP de Moscavide, onde Vieira deverá pernoitar, esta quarta-feira, Magalhães e Silva deu conta do estado de espírito do presidente encarnado.
"Estive com ele ao fim da manhã e ao princípio da tarde. Estava com serenidade. Nunca somos apanhados de surpresa quando estamos nestas funções. Poderão sempre passar-se coisas deste tipo e estamos preparados para acompanhar as pessoas quando têm estes incómodos. Suspeitas são suspeitas", sublinhou o advogado de Vieira.
Luís Filipe Vieira deverá aguardar o primeiro interrogatório judicial, que está previsto decorrer na quinta-feira, nas instalações da polícia.
Candidato vencido nas eleições de outubro destaca,(...)
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido, esta quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado.
Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do Benfica demarca-se e confirma que Vieira foi detido e constituído arguido no processo. Em nota oficial, a direção do clube garante que as funções do presidente "se encontram asseguradas".
De acordo com o semanário "SOL", os restantes detidos são o filho do presidente do Benfica, Tiago Vieira, e os empresários José António dos Santos, acionista da SAD encarnada e conhecido como "Rei dos Frangos", e Bruno Macedo.
Clube garante que "não é objeto da investigação" q(...)
No comunicado do DCIAP, é indicado que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.
Em causa, adianta, estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.
Está previsto que os quatro detidos sejam presentes, na quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.