Tempo
|
A+ / A-

Direção do Benfica garante que funções de Vieira "se encontram asseguradas"

07 jul, 2021 - 20:16 • Redação

Clube garante que "não é objeto da investigação" que levou à detenção do presidente encarnado, Luís Filipe Vieira.

A+ / A-

A direção do Benfica garante que as funções de Luís Filipe Vieira no clube se encontram asseguradas, depois de o presidente ter sido detido.

Em comunicado no site oficial, a direção confirma que esteve reunida, durante a tarde desta quarta-feira, "a fim de analisar a situação decorrente da investigação de que é alvo pelas autoridades judiciais" o presidente encarnado.

"A direção garante aos sócios e simpatizantes que a ambição, competitividade e gestão do Clube se encontram asseguradas, no respeito e em observância das normas regulamentares estabelecidas nos estatutos", lê-se.

A direção garante que todos os seus membros estão "firmemente determinados a defender sem qualquer reserva, de forma coesa e como lhes compete, os interesses do clube, que, esclarece-se, não é objeto da investigação".

"Nessa medida, empenhar-se-ão em dar plena colaboração às entidades competentes, no sentido de apurar a verdade até às últimas consequências", sublinha a direção do Benfica, na nota oficial.

Quatro detidos, incluindo Vieira


O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido, esta quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado.

Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do Benfica confirma que Vieira foi detido e constituído arguido no processo.

De acordo com o semanário "SOL", os restantes detidos são o filho do presidente do Benfica, Tiago Vieira, e os empresários José António dos Santos, acionista da SAD encarnada e conhecido como "Rei dos Frangos", e Bruno Macedo.

No comunicado do DCIAP, é indicado que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.

Em causa, adianta, estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Está previsto que os quatro detidos sejam presentes, na quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+