07 jul, 2021 - 21:31 • Redação com Lusa
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, chegou minutos antes das 21h00 desta quarta-feira à esquadra da PSP em Moscavide, onde passará a noite, após ter sido detido no âmbito de uma investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros.
Vieira entrou pela garagem, no interior de uma carrinha de vidros escurecidos e sem identificação da polícia. De acordo com a Lusa, o líder encarnado, vai aguardar o primeiro interrogatório judicial, que deverá decorrer na quinta-feira, nas instalações da polícia.
Embora tenha sido detido de manhã, Vieira acompanhou as buscas da investigação, que é movida por suspeitas de abuso de confiança, burla, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
SAD encarnada não adianta detalhes sobre o futuro (...)
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido, esta quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado.
Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do Benfica demarca-se e confirma que Vieira foi detido e constituído arguido no processo. Em nota oficial, a direção do clube garante que as funções do presidente "se encontram asseguradas".
De acordo com o semanário "SOL", os restantes detidos são o filho do presidente do Benfica, Tiago Vieira, e os empresários José António dos Santos, acionista da SAD encarnada e conhecido como "Rei dos Frangos", e Bruno Macedo.
Benfica
Reações à detenção do presidente do Benfica estend(...)
No comunicado do DCIAP, é indicado que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.
Em causa, adianta, estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de serem “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.
Está previsto que os quatro detidos sejam presentes, na quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coação, “com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas”.