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FIFA pede "bom senso" sobre possíveis castigos a jogadores que homenageiam George Floyd

02 jun, 2020 - 08:37 • Lusa

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

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A FIFA pede "bom senso" na aplicação de possíveis castigos a jogadores que homenageiem durante os encontros o norte-americano George Floyd, que morreu em 25 de maio, após uma ação policial.

Em comunicado, a FIFA apela às federações nacionais para mostrar alguma flexibilidade em relação a possíveis castigos a jogadores, como foi assumido pela federação alemã, após vários jogadores terem homenageado Floyd na última jornada da Bundesliga.

“A FIFA compreende totalmente o sentimento profundo e as preocupações mostradas por vários jogadores devido às trágicas circunstâncias do caso de George Floyd”, lê-se num comunicado da FIFA.

O organismo que tutela o futebol mundial lembra que a aplicação das leis (que preveem castigos para jogadores que mostrem mensagens políticas durante os jogos) é da responsabilidade dos organizadores das competições, mas pede que se use “bom senso e se tenha em consideração o contexto que envolvem estes eventos”.

O futebol tem sido muito criticado por fazer pouco para erradicar o racismo, mas a FIFA garante que se tem “expressado repetidamente (…) contra o racismo e a discriminação de qualquer espécie”.

“Recentemente [a FIFA] reforçou as suas próprias regras disciplinares para tentar ajudar a erradicar esses comportamentos”, adianta o comunicado.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

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Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, mas diversos comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.

Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em terceiro grau e de homicídio involuntário.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

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