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"Lobos" disfarçados de carneiros e presidentes "corta-fitas". A campanha em frases

12 jan, 2016 - 23:34 • Inês Rocha

Candidatos partidários que se dizem independentes são como "lobos disfarçados de carneiros", acusa Jorge Sequeira. Paulo de Morais continua a ver Portugal a preto e branco e considera que os Presidentes continuam a ser meros "corta-fitas".

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O candidato presidencial Jorge Sequeira arrancou a campanha num evento de uma marca automóvel em Guimarães, no domingo. O professor da Universidade do Minho quer uma "gestão responsável" em Portugal e defende um Presidente da República "auditor" do programa do Governo, sendo um "afável provedor dos cidadãos".

Assumindo-se como militante do "partido da honestidade e do trabalho", o professor considera que só há "duas ou três" candidaturas independentes entre as dez apresentadas.

"O lobo não passa a ser carneiro só porque lhe veste a pele. Não é só Marcelo e Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém dizerem que são independentes para passarem a ser independentes", apontou.

No final de uma visita à exposição dedicada a Humberto Delgado, no Panteão Nacional, em Lisboa, Paulo Morais apontou que há muitas semelhanças entre o Portugal de hoje e o dos anos 60.

"Na altura, havia um presidente do Governo, um primeiro-ministro, que transformava o Presidente da República num mero corta-fitas, que era o que fazia na altura o almirante Américo Tomás, e ao fim de 41 anos passados em democracia os presidentes têm tido sempre essa função", criticou o candidato presidencial.

O ex-vice-presidente da direcção da TIAC – Transparência e Integridade Associação Cívica, que deixou o cargo para se candidatar a Belém,respondeu esta terça-feira às críticas do Jornal Público, que afirma que o candidato tem uma declaração de património "com zonas opacas". Em entrevista à Renascença, numa acção de campanha em Lisboa, disse que é proprietário de uma "herança que está perfeitamente identificada".

A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda acusou Marcelo Rebelo de Sousa de "pensar uma coisa à segunda, outra à terça... e descansar ao domingo". Num jantar em Vila Nova da Barquinha, na noite de segunda-feira, Marisa Matias comparou o adversário a um dos comediantes dos famosos irmãos Marx.

“Marcelo Rebelo de Sousa tem princípios para toda a gente e esse é o verdadeiro problema. Marcelo Rebelo de Sousa, a esquerda da direita, só se for mesmo um marxista grouchista”, afirmou.

Numa acção de campanha em Braga, Vitorino Silva disse querer "unir a nação". "Quando vejo alguns candidatos a falar para a direita e para a esquerda, eu vim para unir a nação. O melhor pão é aquele que tem mistura", esclareceu.

"Tino de Rans", como é conhecido e gosta de ser reconhecido, visitou a feira semanal de Braga onde, por entre muitas "mãozadas" e beijinhos, distribuiu "santinos", nome que o candidato dá aos folhetos que distribui com a sua fotografia nos quais, ao contrário dos tradicionais santinhos, não se lê nenhuma oração, "Vitorino Silva não é de rezas", mas sim um dos slogans de campanha: "Os cartazes não se medem aos palmos".

De banca em banca, Tino de Rans, como se apresentou a quem por ele passou, foi deixando algumas promessas. "A minha porta não vai ter ferrolho. Vai estar aberta para todos. Belém também é do povo", avisou.

De visita a empresas da região de Aveiro, Henrique Neto defendeu, esta terça-feira, que o modelo de desenvolvimento da economia nacional tem de apostar na atracção de investimento estrangeiro, tirando partido da sua posição estratégica, em termos logísticos, e nas exportações, e não no consumo interno.

"Lisboa tem um défice de 13 mil milhões de euros, ou seja, exportou muito menos do que gastou, o que quer dizer que o país está a trabalhar para Lisboa. Percebe-se que Lisboa tem custos que não são reprodutivos, mas gasta-se muito dinheiro mal gasto", comentou.

Em entrevista ao Económico, Cândido Ferreira disse ser candidato à Presidência apenas porque António Guterres recusou e elogiou as capacidades de negociação de António Costa.

O candidato presidencial disse que seria capaz de derrotar Marcelo Rebelo de Sousa se fosse à segunda volta. "A esquerda está balcanizada e sem referências neste momento e o PS parece um clube com duas equipas - uma a jogar na primeira divisão e outra na de honra. A minha candidatura podia unir, porque eu sou uma pessoa querida nas bases do PS. Nem sequer vou dar indicações de voto para a segunda volta", afirmou.

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