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Costa pede desculpa por "aparte irritado" e encerra polémica com Moedas

16 dez, 2022 - 17:46 • Ricardo Vieira

Em causa está a expressão: "pergunte-lhe [a Moedas] porque é que não me ligou quando tive a casa inundada".

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O primeiro-ministro, António Costa, pede desculpa por ter feito um "aparte irritado" e encerra a polémica com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

"Foi uma expressão infeliz. Fiz um aparte irritado, não devia ter feito e peço desculpa", afirmou António Costa em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

O primeiro-ministro admite que foi um comentário "impróprio e irritado" e dá por encerrada a polémica com o autarca de Lisboa.

Em causa está a expressão: "pergunte-lhe [a Moedas] porque é que não me ligou quando tive a casa inundada", proferida na quinta-feira, no final do Conselho Europeu.

O primeiro-ministro mostrou desagrado com as queixas do presidente da Câmara de Lisboa pela ausência de um telefonema do líder do Governo.

Moedas pôs em evidência a desigualdade de tratamento do executivo para com as autarquias socialistas e as não socialistas, no rescaldo das inundações desta e da semana passada.

Na conferência de imprensa após o Conselho Europeu de quinta-feira, quando o tema eram as alterações climáticas, Costa foi questionado sobre se iria contactar Carlos Moedas por causa das cheias, na sequência das queixas. "Se for necessário, com certeza, qual o problema", respondeu.

Após a insistência da jornalista sobre a razão pelo qual não ligou a Moedas depois das cheias de terça-feira na capital, Costa lançou para a repórter: "Ó senhora, deixe-se, não se preocupe com o assunto."

O primeiro-ministro pôs então fim ao período de perguntas e respostas, mas no momento em que abandonava o palco, e depois de desejar "bom Natal" aos repórteres, ainda lançou um aparte: "Pode-lhe perguntar [a Moedas] porque é que ele não me ligou quando tive a minha casa inundada.”

Confrontado com estas declarações, Carlos Moedas desvalorizou o incidente e pediu: “Não vamos levar isto para um caso pessoal, não quero que este caso crie mais irritação.”

Diria ao senhor primeiro-ministro que o trabalho foi muito, que estivemos a lutar ao lado dos lisboetas e dos problemas e lembraria o primeiro-ministro que fui eleito pelos lisboetas e estarei aqui com os lisboetas".

Moedas e o (não) telefonema de Costa após cheias: “Não vamos levar isto para um caso pessoal”
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