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Marcelo elogia "rapidez da justiça" e decisão de Miguel Alves de se demitir

11 nov, 2022 - 15:08 • Lusa

“É um daqueles casos que se suscitou e que foi decidido em menos de dez dias ou quinze dias”, diz o Presidente da República

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou esta sexta-feira a “rapidez da justiça” no caso de Miguel Alves e a decisão do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro de se demitir perante a acusação do Ministério Público.

Em resposta a perguntas dos jornalistas, no fim de uma visita ao Bazar Diplomático, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa não quis pronunciar-se sobre a opção do primeiro-ministro, António Costa, de nomear Miguel Alves para o Governo sabendo que era arguido.

“Eu não vou comentar aquilo que entretanto está definido pela intervenção atempada da justiça”, enfatizou

“Normalmente, diz-se em Portugal que a justiça é muito lenta, este é um exemplo de como a justiça não foi lenta e agiu muito rapidamente”, continuou.

“E eu penso que nesta realidade estiveram bem quer a justiça quer o titular governativo, que percebeu que devia tomar a decisão que devia”, acrescentou, referindo-se ao pedido de demissão apresentado por Miguel Alves após ser acusado pelo Ministério Público do crime de prevaricação por atos cometidos enquanto presidente da Câmara Municipal de Caminha.

Interrogado se o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro não devia ter saído do cargo mais cedo, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Não vou comentar isso, uma vez que o facto, contra o que é habitual noutras circunstâncias, ocorreu com uma rapidez da justiça, com uma rapidez da decisão do titular governativo“.

“É um daqueles casos que se suscitou e que foi decidido em menos de dez dias ou quinze dias”, realçou o Presidente.

Na quinta-feira, o Presidente da República aceitou a exoneração do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, proposta pelo chefe do Governo, António Costa, depois de Miguel Alves lhe apresentar uma carta de demissão.

"Face à acusação deduzida pelo Ministério Público, e mesmo não tendo conhecimento dos seus termos e pressupostos, entendo não estarem reunidas as condições que permitam a minha permanência no Governo de Portugal”, justificou o governante na sua carta de demissão, divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro.

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