A nova campanha de ajuda à Ucrânia foi apresentada esta quarta-feira pela Cáritas, com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, que, desta forma, quiseram assinalar o início da Quaresma.

“Naturalmente que estamos em grande comunhão espiritual e o Papa ao lançar este dia de oração e jejum em comunhão com a Ucrânia, está a marcar a Quaresma, claramente”, referiu D. José Traquina, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, para quem a Igreja “não podia ficar indiferente”.

“Estamos muito preocupados”, afirmou, explicando que os donativos da campanha irão ser canalizados para as Cáritas da Ucrânia e dos países vizinhos que estão a receber quem foge da guerra, porque essa é a melhor forma de garantir que a ajuda chega ao destino e é aplicada.

“A Cáritas é um meio que temos em rede, a nível europeu e mundial, e é fácil conjugar as ofertas e campanhas que se fazem e saber que chegam lá e são aplicadas”, referiu aquele responsável, lembrando que a ajuda inicial “dos fundos próprios da Cáritas Portuguesa, de 20 mil euros, acrescida de mais 20 mil euros do Santuário de Fátima, imediatamente foi comunicada à Cáritas Ucraniana para saber que pode contar com isso”.

Rita Valadas, a presidente da Cáritas Portuguesa, explicou que face ao agravamento da situação, rapidamente perceberam que a ajuda inicial de emergência que anunciaram não ia chegar.

A campanha vai decorrer até final do mês, e para colaborar “a melhor maneira é ir ao site, porque há vários meios de doação: pode ser MBWay, pode ser transferência bancária, pode ser Multibanco, e as referências estão lá em https://caritas.pt/ucrania/ “, explicou.

Presente na apresentação da campanha, o capelão da Igreja greco-católica ucraniana no Patriarcado de Lisboa agradeceu mais esta iniciativa. “Todo o esforço é bem vindo”, disse o padre Natanael à Renascença, elogiando de seguida a grande mobilização dos portugueses na ajuda ao povo ucraniano. “É porque têm coração”.

Só na paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Benfica, onde celebra, e em colaboração com a junta de freguesia local, já reuniram mais de 30 toneladas de ajuda humanitária com destino à Ucrânia e aos países vizinhos, nomeadamente à Polónia.