O Presidente da República e o cardeal patriarca de Lisboa recordaram o legado do padre Vítor Feytor Pinto nas exéquias fúnebres que decorreram, esta quinta-feira na Igreja do Campo Grande, em Lisboa.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, destaca o papel de Feytor Pinto na abertura da Igreja Católica à sociedade.

“Foi muito importante, das figuras mais importantes na viragem da Igreja, mas também da abertura à sociedade e da mudança da sociedade portuguesa. É por isso que o cardeal patriarca e bispos de todo o país reconhecem o papel único que ele teve para Portugal. Não foi só para a Igreja, foi para Portugal”, disse o Presidente da República, aos jornalistas.

O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, destacou o trabalho constante do padre Vitor Feytor Pinto na divulgação da mensagem do Concílio Vaticano II.

“Não conheço ninguém que durante tanto tempo, em tantos horizontes, em tantas fronteiras da vida e com tanta expansão que os meios de comunicação atuais lhe permitiram representasse e divulgasse esta magnífica, fantástica mensagem do Concílio Vaticano II, e concretamente da ‘Gaudium et Spes’”, disse D. Manuel Clemente, na missa de corpo presente.

O padre Vítor Feytor Pinto, que esteve ligado durante grande parte da sua vida à Pastoral da Saúde, morreu na quarta-feira.

Aos 89 anos, o sacerdote já estava há vários meses a lidar com uma saúde cada vez mais frágil, apesar de ter conseguido ultrapassar uma infeção com Covid-19 que obrigou ao internamento e, um ano antes, uma septicémia.