A Polícia Judiciária constituiu uma equipa especial para investigar o ministro das Finanças, Fernando Medina.

O Correio da Manhã (CM) escreve, esta sexta-feira, que a equipa terá sido constituída a pedido do Ministério Publico, após notícia daquele jornal, há três semanas, que dava conta de que Fernando Medina, enquanto presidente da autarquia de Lisboa, estava sob investigação por ajustes diretos à sociedade de advogados de Pedro Siza Vieira, ex ministro socialista.

A investigação visa ainda o atual ministro do ambiente, Duarte Cordeiro e a ex-ministra da Cultura, Graça Fonseca, enquanto vereadores da Câmara de Lisboa.

Segundo escreve hoje o Correio da Manhã, o processo estava parado desde que a Polícia Judiciária tinha pedido para aceder aos servidores de email da câmara e ao computador do próprio Medina, quando este era presidente da autarquia da capital.

Entretanto, o Ministério Público terá pedido várias inquirições. Já terão sido ouvidas 11 testemunhas e estarão agendadas mais 15 diligências.

Em causa estão contratos assinados entre 2014 e 2018 pela sociedade de advogados Linklaters, fundada em Portugal por Pedro Siza Vieira, e a Câmara Municipal de Lisboa. A Linklaters, que Siza Vieira fundou em 2006 e onde se manteve até entrar no Governo de António Costa, terá ganhado mais de 800 mil euros em serviços jurídicos, direta ou indiretamente do município.

De acordo com o CM, mais de meio milhão de euros estão agora sob investigação do Ministério Público, sendo que a maioria dos contratos diz respeito aos litígios do Parque Mayer e da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).