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O PS promete um “combate sem tréguas” ao insucesso escolar e recuperar a chama da paixão pela educação. Quer reduzir os chumbos “para metade” nos primeiros nove anos correspondentes ao ensino básico e garantir que todos os alunos cumpram, com qualidade, os 12 anos de ensino obrigatório.

Para isso, o PS vai começar pelo início. Pretende garantir um lugar no pré-escolar para todas as crianças dos três aos cinco anos.

O ministro Nuno Crato implementou e os socialistas vão “reavaliar” os exames nos primeiros anos de escolaridade e suspender a polémica prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) dos professores.

O programa socialista reforça a acção social escolar, com medidas como um “sistema de aquisição e retorno de manuais escolares que assegure a progressiva gratuitidade”.

António Costa quer criar, também, novas oportunidades para quem quiser regressar à escola, através do lançamento de um “Programa de Educação e Formação de Adultos”.

PSD/CDS: Mais espaço para os privados

A coligação Portugal à Frente (PSD/CDS) promete a “universalização, até ao ano lectivo 2016/2017”, da oferta da educação pré-escolar desde os quatro anos e preparar o alargamento a crianças a partir dos três anos.

Se o PSD/CDS forem governo e cumprirem o que prometem, o insucesso e abandono escolar vão ter um “plano de combate” e o ensino profissional e vocacional vai ser alargado a todo o país, especialmente às regiões onde estes cursos possam “desempenhar um papel muito relevante no combate ao abandono escolar” e “colmatar necessidades de técnicos qualificados”.

Passos Coelho e Paulo Portas querem dar mais liberdade de escolha entre público e privado. Propõem alargar o acesso aos contratos simples, que são o apoio directo às famílias que optem por colocar os filhos num colégio privado.

Também apostam nas “escolas independentes”, projectos alternativos dentro do serviço público em que a gestão pode ficar a cargo de professores, pais, autarquias ou instituições particulares de solidariedade social.

Manuais grátis, prometem CDU e Bloco

Se chegar ao Governo, a CDU vai alargar o pré-escolar a todas as crianças a partir dos três anos, avançar com a “distribuição gratuita dos manuais escolares” até ao 12º ano e a “redução do número de alunos por turma em todos os ciclos de ensino”.

A coligação formada por PCP e Os Verdes também quer mudar a forma como alunos e professores são avaliados. Defende “novos modelos” para os estudantes, assentes em “princípios de valorização da avaliação contínua”, e o fim da prova de professores.

O reforço do orçamento do Ministério da Educação em dois mil milhões de euros ao longo dos próximos quatro anos e a “contratação dos meios humanos e materiais que garantam uma escola pública inclusiva e o apoio a todas as crianças e jovens que necessitem” são outras medidas inscritas no programa da CDU.

Nas prioridades do Bloco de Esquerda (BE) está a “gratuitidade da escolaridade obrigatória, nas condições básicas de matrícula, alimentação, manuais e material escolar”.

O BE também quer alargar o pré-escolar às crianças a partir dos três anos e reduzir o número de alunos por turma para 20 no primeiro ciclo e 22 para os demais.

O manifesto bloquista chumba os programas de Português e Matemática implementados pelo ministro Nuno Crato e promete o regresso às versões anteriores. O Bloco propõe ainda o reforço de professores, técnicos especializados e funcionários, com contratos estáveis.