Esta quarta-feira, dois militares dos Comandos foram hospitalizados após terem sofrido problemas de ordem cardíaca e respiratória. Ambas as vítimas ainda receberam assistência no Regimento de Comandos, na Serra da Carregueira, mas acabaram por ser transportadas para hospitais de Lisboa.

Em nota enviada à imprensa, o gabinete do Chefe de Estado-Maior do Exército informa que o primeiro caso se tratou de uma indisposição durante uma marcha de cinco quilómetros, na tarde desta quarta-feira. O militar foi imediatamente assistido no local, mas pouco tempo depois acabou por entrar em paragem cardíaca e respiratória.

No momento ainda foram realizadas manobras de reanimação, mas a gravidade da situação obrigou a ativar o transporte de emergência para o Hospital de São Francisco Xavier.

Segundo o comunicado, o militar encontra-se “internado em Unidade de Cuidados Intensivos, mantendo-se em vigilância, sedado e ventilado, com um perfil hemodinâmico estável”. A vítima está também a ser acompanhada por um enfermeiro do exército.

Ao final do dia, outro dos instruendos do curso de Comandos sentiu-se mal durante o jantar, acabando por sofrer uma interrupção respiratória. Neste caso, o episódio foi “prontamente revertido” pela equipa médica no momento.

Ainda assim, por necessidade de avaliação complementar do estado de saúde do militar, o INEM foi acionado. A vítima foi encaminhada para as urgências do Hospital Amadora-Sintra, mantendo um quadro clínico estável até agora. Prevê-se que o militar seja transferido para o Hospital das Forças Armadas já esta quinta-feira.

Face aos acontecimentos, o gabinete do Chefe de Estado-Maior do Exército afirma que se realizou “uma revista de saúde a todos os restantes 44 instruendos do curso” e que foi “imediatamente iniciado um processo de averiguações urgente sobre estas ocorrências”.

Entretanto, “foram informados os familiares dos militares evacuados sobre o sucedido, disponibilizando-se o Exército para fornecer todo o apoio e acompanhamento relativo à situação clínica dos militares”.

A mesma fonte do Exército confirma ainda que “foi determinado o aligeiramento substancial da carga física” e, “se necessário, a não realização de algumas sessões”. Além disso, ativaram-se todos os alertas e procedimentos de “observação clínica permanente dos instruendos”.

Em comunicado, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, diz estar a "acompanhar os desenvolvimentos do estado de saúde e situação clínica" dos dois militares, desejando "uma rápida recuperação".


Nota: Esta notícia foi atualizada às 19h39. A indisposição do segundo militar não se tratou de uma "paragem cardiorrespiratória", como inicialmente foi avançado, mas sim de uma "interrupção respiratória".