A Federação Académica do Porto (FAP) anunciou que está disponível para acolher estudantes afegãos na academia do Porto, tendo demonstrado essa disponibilidade ao ministro do Ensino Superior e à Plataforma presidida por Jorge Sampaio.

"A presidente da FAP, numa carta enviada ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e à Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, demonstrou a disponibilidade total dos estudantes da academia do Porto para colaborar em projetos que possam ser desenvolvidos para apoio à integração académica, social e cultural de refugiados no ensino superior e para promover iniciativas auto-organizadas, contribuindo para a ausência de discriminação social e étnica", lê-se num comunicado da FAP enviado, esta noite de sexta-feira, à agência Lusa.

A FAP refere que seguiu "atentamente o apelo deixado pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio para que as instituições de Ensino Superior disponibilizassem apoios, oportunidades académicas, estágios e vagas para refugiados afegãos".

Depois de o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) terem mostrado disponibilidade para acolher estudantes afegãs, a FAP assevera que também quer colaborar.

"A FAP não fica indiferente ao problema humanitário e de direitos humanos que o Afeganistão está a enfrentar, encontrando-se solidária com os jovens e as jovens afegãs e acima de tudo, com um sentido de ação que apoie o seu acolhimento e apoio".

A Presidente da FAP adianta que "a luta por uma prioridade na educação é também uma luta pelos direitos humanos" e que "as jovens afegãs têm direito à educação, ao futuro, a desenvolveram o seu potencial, dado que infelizmente não o conseguem no país onde calhou que nascessem".

A Federação Académica do Porto representa mais de 70 mil estudantes da academia do Porto.

Os quatro militares portugueses e 24 afegãos retirados de Cabul chegaram esta noite no avião C130 ao Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa.