Paralelamente, a organização Médicos Sem Fronteiras denunciou que as 470 pessoas resgatadas pelo seu barco, no Mediterrâneo Central, continuam à espera, algumas delas há mais de uma semana, de um porto seguro para desembarcar.
A forma como Portugal está a acolher milhares de refugiados ucranianos, a polémica de Setúbal e o envelhecimento da população foram temas em debate no programa “Em Nome da Lei” desta semana, com Pavlo Sadoka e André Costa Jorge.
A Câmara Municipal de Setúbal garante que, ao contrário do que terá dito a ministra Ana Catarina Mendes, "articula, desde há muito, a sua atividade em matéria de acolhimento e integração de imigrantes com o ACM" e que, logo que começou a guerra da Ucrânia, "comunicou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros a sua disponibilidade para acolher refugiados".
Igor Khashin e Yulia Khashin indicam que não foram constituídos arguidos depois das bucas da Polícia Judiciária à Linha de Apoio a Refugiados de Setúbal.
Francisco defende programas específicos para o acolhimento de migrantes e refugiados, afirmando que são um “potencial enorme, pronto a expressar-se, se, para tal, lhe for dada a possibilidade”.
Num momento em que foram aprovadas audições sobre este assunto na Comissão de Assuntos Constitucionais, mas outras foram rejeitadas pela maioria absoluta do PS, e há quem defenda a constituição de uma comissão de inquérito, o chefe de Estado recusou também comentar esta última possibilidade, que foi proposta pelo candidato à liderança do PSD Luís Montenegro.
Ainda sobre o caso da Câmara de Setúbal, António Costa confessou sentir-se "incomodado" pelo que diz ser "um clima de caça às bruxas relativamente a muitos cidadãos russos que escolheram Portugal para viver".