O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou que o seu partido vai fazer uma participação ao Ministério Público sobre o processo de venda do Novo Banco.

“Não é uma queixa-crime, é uma exposição. Não vamos lá pôr muita coisa que não esteja já no domínio público”, disse Rui Rio, em entrevista à RTP, defendendo que o Novo Banco devia ter ficado no domínio público em vez de ser vendido à Lone Star.

“Não percebo como é que a PGR não vai investigar uma cosia destas. Vamos fazer essa exposição”, anunciou o líder social-democrata, manifestando desde já dúvidas sobre o efeito dessa exposição.

“Vou entregar com o mesmo sentimento, infelizmente, que têm 10 milhões portugueses: é que se calhar não vale a pena. Isto é que é mau, isto é que é um país que não anda para a frente”, afirmou.

Na entrevista que deu esta quarta-feira à RTP, o presidente do PSD respondeu às críticas do primeiro-ministro que o acusou de defender ideias que implicam a interferência do poder político no poder judicial. Rio atirou essa mesma crítica a António Costa e deu dois exemplos: o processo de escolha do procurador europeu e uma escuta feita no âmbito do processo Casa Pia.

“Isso é que é interferir na justiça”, disse Rio, referindo-se à escolha de José Guerra para procurador europeu. “E é interferência na justiça também um link que me mandaram para umas escutas telefonias no tempo da Casa Pia em que está o dr. António costa a tentar interferir na justiça. Isso está aí no youtube e mandaram-me recentemente”, acrecentou Rio, para concluir: “Não me parece que seja correto e politicamente e intelectualmente honesto estar a dizer que queremos interferir na independência do poder judicial quando ele até tem esse historial.”