A polícia federal brasileira acusou o presidente Jair Bolsonaro de desencorajar o uso de máscaras durante a pandemia e de, falsamente, sugerir que as pessoas que vacinadas contra a Covid-19 corriam o risco de contrair SIDA.

Num documento enviado ao Supremo Tribunal brasileiro, um representante da polícia referia que o esforço de Bolsonaro para desencorajar o cumprimento das medidas de saúde ligadas à pandemia constituía um crime e que a tentativa de associar a SIDA à vacinação constituía uma contraordenação.

A polícia pediu ao juiz do Supremo Tribunal, Alexandre de Moraes, responsável pela investigação, que autorizasse uma acusação contra o presidente e outros envolvidos no caso.

Num “direto” realizado nas redes sociais, em outubro passado, sem apresentar provas, o presidente afirmou que relatórios do governo britânico tinham demonstrado que pessoas com a vacinação contra a covid-19 completa tinham desenvolvido a SIDA.

Depois dos comentários, Bolsonaro, que se recusou a ser vacinado, foi temporariamente suspenso do Facebook e do YouTube.

De acordo com a polícia, serão necessárias medidas adicionais para concluir as investigações, incluindo uma audição ao presidente brasileiro.

Segundo a agência de notícias Reuters, o gabinete do procurador-geral não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.