12 dez, 2018 - 11:56
O ataque
Passavam poucos minutos das 20h00 de terça-feira, quando um homem armado começou a disparar indiscriminadamente junto ao mercado de Natal no centro de Estrasburgo, em França.
Segundo o procurador de Paris, Rémy Heitz, algumas testemunhas relataram que o atirador terá gritado “Allahu Akbar”.
Seguiu-se uma troca de tiros com a polícia, que terá ferido o atacante. O suspeito conseguiu escapar num táxi roubado.
O autarca de Estrasburgo diz que foi "indiscutivelmente um ataque terrorista".
As vítimas
Apesar do balanço inicial das autoridades francesas apontar para quatro mortos, o número foi corrigido para três vítimas mortais, sem nenhuma explicação. Outras 13 pessoas ficaram feridas.
Uma das vítimas mortais já foi identificada. É um turista tailandês, de 45 anos. Morreu vítima de um disparo na cabeça quando caminhava com a sua esposa pelo Mercado de Natal. A mulher ficou ferida.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, afirmou não ter até ao momento informação de qualquer vítima portuguesa do ataque.
O suspeito
Nascido em Estrasburgo, filho de um casal marroquino, Chérif Chekatt tem desde 2016 o seu nome da “Fiche S”, uma lista negra de pessoas perigosas que podem representar uma ameaça à segurança nacional.
Chérif Chekatt já foi condenado 27 vezes na França, Alemanha e Suíça por crimes de delito comum e cumpriu pena de prisão. Terá sido na prisão que se radicalizou.
Horas antes do ataque mortal no centro da cidade que também acolhe o Parlamento Europeu, a casa de Chérif Chekatt foi alvo de buscas, mas ele não estava lá.
Caça ao homem
Mais de 400 polícias e militares procuram Chérif Chekatt. O secretário de Estado do Interior admitiu que não é certo que Chérif ainda esteja em solo francês. A segurança nas fronteiras, em especial com a Alemanha, foi reforçada.
Em Estrasburgo, foi montada uma operação policial na cidade, incluindo a zona junto à Catedral. Algumas das ruas do centro estão fechadas.
De acordo com o Le Figaro, dois irmãos do suspeito foram detidos. Um deles também constará da “Fiche S”, um ficheiro do qual constam dez mil indivíduos que aderiram ao Islão radical e têm ligações extremistas. O procurador de Paris, Rémy Heitz, confirmou que quatro familiares de Chérif estão sob custódia.