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Legislativas 2024

Voto no BE impedirá Governo da AD com IL, diz Louçã

07 mar, 2024 - 03:08 • Lusa

Antigo líder do Bloco entrou na campanha com ataques à direita e ao "desastre" da maioria absoluta socialista.

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O antigo líder bloquista Francisco Louçã defendeu quarta-feira à noite que, se houver concentração de votos no BE, "não haverá um Governo da AD com IL", apelando à responsabilidade de quem votou no PS e "sofreu com a maioria absoluta".

Depois de ter estado à tarde na arruada do Bloco de Esquerda em Santa Catarina, no Porto, Francisco Louçã subiu pela primeira vez ao púlpito nesta campanha no comício desta noite em Braga e trazia duras críticas à direita, onde "há fantasmas a sair dos armários" da campanha da AD e com uma "sequela de "venturices", o coitado do Chega que bem esbraceja a pedir que lhe paguem direitos de autor".

"Aqui em Braga é o melhor lugar para garantir que não haverá um Governo da AD com a IL se no Bloco se concentrarem os votos para derrotar a direita. Os votos no Bloco decidirão para onde vai pender esta balança", defendeu.

Mas o fundador do BE queria também falar aos eleitores porque têm uma escolha para fazer agora: "ou deixa andar ou para a ganância aqui. Ou permite a austeridade que alimenta o privilégio ou defende os seus agora. Ou se cala ou diz o que quer".

Segundo Louçã, essa é precisamente a "razão mais poderosa" para haver exigência nas eleições de domingo, sendo "a primeira responsabilidade maior do povo que votou no PS e que sofreu com a maioria absoluta", que "foi um desastre e a culpa foi toda do PS".

"Essas pessoas que rejeitam o desastre da maioria absoluta podem agora corrigir o país", pediu.

Nas tarefas que serão "determinadas pela esquerda", e nas quais o BE "estende a mão para as convergências" necessárias para as implementar, estão salvar o SNS, a escola pública, a proteção social ou baixar o preço da habitação, disse.

"Dizem-me que apesar de tanta crise, tanta mágoa há ainda muitas pessoas indecisas. Pois eu digo-vos: há muito mais gente a decidir agora mesmo do que diz qualquer sondagem", defendeu.

Louçã tinha uma "certeza tão funda" que quis deixar em Braga.

"Sei do crescimento do Bloco em tanto carinho que tenho encontrado, mas o que mais de tudo importa - e o carinho é bom - é que cresce levado por uma confiança: o Bloco de Esquerda é o povo contra a direita e contra a extrema-direita e é isso que fará o resultado de uma maioria à esquerda", enfatizou.

Sobre os fantasmas trazidos pela direita, o fundador bloquista referiu que "o grande fantasma começou por ser a insinuação dos chefes da AD sobre a imigração", passando depois a ser o RSI e ainda o negacionismo climático.

"Lei de ferro da política portuguesa, carta marcada: quando a direita está aflita vem falar de como os beneficiários do RSI, que são sobretudo mulheres e criança, vivem à fartazana. Triste degradação de quem não tem um pingo de vergonha e quer enganar os pobres, dizendo-lhes que os mais pobres são os culpados da pobreza", condenou, considerando que se juntou a esse fantasma o aborto.

Louçã considerou que "há quem lhes faça frente".

"E esse é o nome desta campanha clara e limpa e quem lhes faz frente é uma mulher. Mariana tornou-se a mulher mais atacada pela direita por causa do que em cada um dos momentos disse e revelou acerca dos donos de Portugal", enfatizou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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