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Jorge Jesus recorda saída do Benfica. "Houve muita pressão política"

05 mai, 2022 - 15:20 • Redação

Treinador recorda desentendimento com Pizzi e revela que, após a deposição de Luís Filipe Vieira, sentiu que "mais cedo ou mais tarde" sairia também. Jesus acredita que os resultados de Nélson Veríssimo lhe dão razão: "O problema era só eu?"

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Jorge Jesus considera que a sua saída do Benfica se deveu mais a "pressão política" interna do que aos resultados.

Em entrevista ao jornalista brasileiro Renato Mauricio Prado, do portal "UOL Esporte", o treinador português, atualmente sem clube, associa a deposição de Luís Filipe Vieira como presidente do Benfica, após ter sido constituído arguido na operação "Saco Azul", à sua saída do clube.

"Houve muita pressão política no clube. Quando o presidente, que me levou de volta, foi deposto, eu sabia que mais cedo ou mais tarde iriam me tirar também. Houve um jogo, da Liga dos Campeões, que vencemos o Dínamo de Kiev por 2-0 e fomos vaiados no Estádio da Luz. Isso, classificando-nos, num grupo em que o Barcelona foi eliminado. Já não havia mais ambiente", explica o técnico, de 67 anos.

"Disparates" de Pizzi


Jesus também aborda o controverso caso de indisciplina de Pizzi, então capitão do Benfica e, agora, emprestado ao Istambul Basaksehir.

"Falou um monte de 'bobagem' [disparates] para um dos meus auxiliares, num jogo em que eu estava suspenso, e aí tudo desandou", conta.

Jorge Jesus deixou o comando técnico do Benfica em dezembro, depois de uma derrota, por 3-0, com o FC Porto, a contar para a Taça de Portugal. No dia seguinte, Pizzi foi colocado a treinar à parte e o plantel não concordou com a decisão, o que foi decisivo na saída do treinador.

Em entrevista ao jornal "Record", já em março, Pizzi recusou responsabilidade pelo despedimento do treinador. "Muito sinceramente, não me sinto responsável pela saída do Jorge Jesus", disse o médio.

"O problema era só eu?"


Jorge Jesus salienta, no entanto, que a sua saída não teve efeito positivo na equipa do Benfica, dado que os resultados internos pioraram com Nélson Veríssimo, apesar da boa campanha na Liga dos Campeões.

"Quando saí, o Benfica estava a três pontos dos líderes e classificado para os oitavos de final da Champions [chegaria aos quartos de final]. Hoje, está a 15 pontos da liderança. O problema era só eu?", questiona.

Nélson Veríssimo está de saída do comando técnico do Benfica. Os encarnados têm um princípio de acordo com o alemão Roger Schmidt, que atualmente orienta os neerlandeses do PSV Eindhoven.

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