A União Ciclista Internacional (UCI) retirou a Amaro Antunes a conquista da Volta a Portugal de 2021, entre outros títulos, devido a doping.

O ex-W52-FC Porto, de 32 anos, que anunciou a retirada do ciclismo a 16 de janeiro, foi suspenso pela UCI por quatro anos, ou seja, até dezembro de 2026, por "uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas". Perde a conquista da Volta a Portugal de 2021, mas retém as de 2020 e 2017.

O título da Volta de 2021 recai sobre o uruguaio Mauricio Moreira, então da Efapel, que perdera para Amaro Antunes por somente dez segundos.

Antunes também perde os resultados nas Voltas de 2015 e 2016, assim como na Volta ao Algarve e na Volta à Comunidade Valenciana de 2017.

Amaro Antunes, que até então era o único dos 11 ciclistas da W52-FC Porto que não fora suspenso ou constituído arguido no âmbito da operação "Prova Limpa" (os seus colegas foram acusados pelo Ministério Público de tráfico de substâncias e métodos proibidos), tinha sido suspenso provisoriamente pela UCI no início de fevereiro.

O processo contra o ex-ciclista fora arquivado na Justiça, mas tem agora repercussão desportiva. A suspensão é apenas simbólica, já que Antunes terminou a carreira, contudo, tem consequências no palmarés.

Em janeiro, o algarvio deixou o ciclismo profissional, ao fim de 11 anos, "com efeito imediato", por ter perdido "toda a motivação".

"O falecimento precoce da minha mãe e o processo crime 'Prova Limpa' (...) conduziram a que perdesse toda a motivação e o gosto pelo treino, indispensáveis para enfrentar mais uma época na plenitude das minhas capacidades", explicou na altura, em "post" no Facebook.

Amaro Antunes despede-se, então, do ciclismo com duas vitórias na Volta a Portugal, em 2020 e 2017, esta "herdada" devido à desclassificação por doping do vencedor, o seu antigo companheiro Raúl Alarcón.