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Doping no ciclismo. Amaro Antunes e João Benta suspensos provisoriamente

06 fev, 2023 - 17:02 • Redação com Lusa

Ambos os ciclistas foram investigados no âmbito da operação "Prova Limpa". Suspensão deve-se a alegado "uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas".

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Foto: Nuno Veiga/Lusa
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Foto: Facebook
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Os ciclistas portugueses Amaro Antunes (ex-W52-FC Porto), três vezes vencedor da Volta a Portugal, e João Benta (ex-Rádio Popular Boavista, Louletano e Efapel) foram suspensos provisoriamente, pela União Ciclista Internacional (UCI), por alegado "uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas".

Na lista de ciclistas suspensos provisoriamente pela UCI, atualizada esta segunda-feira, consta o nome de Amaro Antunes, vencedor das edições de 2017, 2020 e 2021 da prova "rainha" do ciclismo nacional, que anunciou o final da carreira no dia 16 de janeiro.

Na altura, Antunes justificou o final da carreira, aos 32 anos, com a perda de motivação e gosto pelo treino.

"O falecimento precoce da minha mãe e o processo crime 'Prova Limpa' (...) conduziram a que perdesse toda a motivação e o gosto pelo treino, indispensáveis para enfrentar mais uma época na plenitude das minhas capacidades", explicou, em comunicado à Lusa.

Amaro Antunes era o único dos 11 ciclistas da W52-FC Porto que não fora suspenso ou constituído arguido no âmbito da operação "Prova Limpa" - os seus colegas foram acusados pelo Ministério Público (MP) de tráfico de substâncias e métodos proibidos.

O processo contra o ex-ciclista foi arquivado na Justiça, mas tem agora repercussão desportiva (meramente simbólica, contudo, dado que Antunes terminou a carreira).

Também João Benta, que anunciou uma pausa na carreira no início de janeiro, se encontra suspenso provisoriamente por "uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas", segundo a UCI.

O então corredor da Efapel foi um dos ciclistas afastados da 83.ª edição da Volta a Portugal, depois de a Polícia Judiciária ter realizado buscas, a dois dias do arranque da corrida, "em locais ligados a equipas de ciclismo" no âmbito da operação "Prova Limpa", confirmou, na altura, à Lusa fonte ligada à investigação. O objetivo "principal foi a recolha de prova, nomeadamente documentação".

Entre os ciclistas cuja casa foi alvo de buscas estavam Benta e Luís Mendonça (Glassdrive-Q8-Anicolor), que, apesar de terem sido afastados da Volta, estavam livres para competir.

Quanto anunciou a pausa na carreira, João Benta explicou não ter "condições anímicas" para manter o nível dos últimos anos.

"Sem o ânimo necessário, não bastam as sensações físicas. (...) Tudo isto se deve a um somar de situações - entre as quais o conhecido afastamento da última Volta a Portugal - que de modo direto e indireto, por muito que tenha tentado não me deixar afetar pelas mesmas, acabaram por causar um desgaste emocional que não esperava de todo", justificou, em publicação no Facebook.

João Benta foi quinto classificado das edições de 2018 e 2020 da Volta a Portugal.

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